Após uma semana de turbulências, o mercado financeiro teve um dia de trégua nesta quinta-feira (27). O dólar fechou com pequena queda um dia depois de atingir o maior nível em dois anos e meio. A bolsa de valores disparou e fechou no maior nível em quase um mês.
O dólar comercial encerrou o dia vendido a R$ 5,508, com recuo de R$ 0,011 (-0,20%). A cotação iniciou o dia em baixa, chegando a R$ 5,48 por volta das 9h45, subiu para R$ 5,53 por volta das 12h30, mas inverteu o movimento e passou a cair perto do fim das negociações.
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O mercado de ações teve mais um dia de recuperação. O índice Ibovespa, da B3, fechou aos 124.556 pontos, com alta de 1,29%. O indicador foi sustentado por ações de empresas exportadoras, mas ganhou o reforço de empresas varejistas e de bancos após a divulgação do mercado formal de trabalho em maio.
Tanto fatores internos como externos contribuíram para o alívio no mercado financeiro. No mercado internacional, as taxas dos títulos do Tesouro norte-americano, considerados os investimentos mais seguros do planeta, caíram após declarações de um dirigente do Federal Reserve (Fed, Banco Central norte-americano) de que o órgão pode promover um corte de juros em 2024. Juros menos altos em economias avançadas reduzem a fuga de recursos de países emergentes, como o Brasil.
Na economia doméstica, a divulgação de que a criação de empregos caiu para 131,8 mil em maio, com o impacto das enchentes no Rio Grande do Sul, impulsionou o mercado financeiro. Isso porque a desaceleração reduz as chances de o Banco Central voltar a aumentar os juros no segundo semestre.
Juros mais baixos no Brasil estimulam a migração de investimentos da renda fixa para a bolsa de valores, de maior risco. Em relação ao dólar, além da melhoria no cenário externo, uma declaração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de que há espaço para corte de gastos e elogiando o diretor de Política Monetária do Banco Central, Gabriel Galípolo, trouxe alívio. A moeda norte-americana só não caiu mais por causa de pressões de fim de semestre, como as remessas de lucros por multinacionais, que aumentam a demanda de dólares no Brasil.
*Com informações da Reuters