Tradicional nas universidades norte americanas, o cheerleading cresce a cada ano no Brasil. Presente desde a primeira edição do Jogos Universitários Brasileiros-Atléticas (JUBs Atléticas), o esporte chama atenção pela música, os movimentos, a animação e até os gritos de de incentivo.
“É um esporte bem popular nos Estados Unidos, que aparece nos filmes, apesar de ser um pouquinho diferente do esporte que a gente prática. Além disso, é um esporte muito inclusivo. Nas equipes não tem apenas um biotipo de pessoa. Esse conjunto forma uma equipe muito boa. É mais acolhedor”
Notícias relacionadas:Em meio a competições, JUBs Atléticas amplia horizontes profissionais.Renovada, seleção feminina goleia Jamaica na Arena Pernambuco.Real Madrid bate Dortmund com gol de Vini Jr e leva Liga dos Campeões.A explicação é de Evalter Tallyz, da Atlética Olímpia, do curso de Educação Física da Univesidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) , presente nesta segunda edição do JUBS Atléticas, em Natal. Ele pratica cheerleading desde 2022. Era atleta de volei, mas dentro da universidade encontrou uma família.
“A união dos atletas é o diferencial. A gente se sente uma família mesmo. Eu sou do interior do Rio Grande do Norte e, quando eu vim morar em Natal, eu senti que passei a ter uma família na capital”.
Criada nos EUA no fim do século XIX, a modalidade chegou ao Brasil no início dos anos 2000, e foi reconhecida como esporte pelo Comitê Olímpico Internacional (COI) em 2016. - Célio Júnior/CBDU/Direitos Reservados
Inclusivo, o chee, como é chamado o esporte, tem espaço para todo mundo, mas ainda sofre preconceito, de principalmente em relação aos homens.
“O esporte é conhecido, digamos, por ser sexualizado, quando na verdade o chee é um esporte reconhecido pelo Comitê Olímpico Internacional. Creio que seja mais falta de informação o preconceito. Se a gente for pegar a historia, o cheerleading inicialmente era praticado só por homens. Aqui muita gente ainda não conhece o chee, então toda semana alguém me pergunta o que eu faço, preciso ficar uns 15 minutos explicando o que é o esporte, que tem homem, mulher, e que não é apenas um grupo de pessoas ao lado de um campo de futebol balançando um pompom. Tem toda uma preparação física, de uma temporada inteira para as competições”, detalha o atleta potiguar.
O esporte requer muita força e habilidade, já que os árbitros utilizam critérios para avaliação como coreografia, sincronia de movimentos, formação de pirâmides e saltos.
“São dois minutos e meio para você mostrar toda a habilidade. A gente precisa trabalhar o ano inteiro para apresentar uma série de movimentos que reúnem força, concentração, equilíbrio, técnica e vigor físico. A gente só respira quando acaba tudo, que é quando ficamos aliviados”.
Criada nos Estados Unidos no fim do século. XIX, a modalidade chegou ao Brasil no início dos anos 2000, e foi reconhecida como esporte pelo Comitê Olímpico Internacional (COI) em 2016. Agora atletas, como a Vitória Caroline, sonham que, em breve, ela esteja presente nos jogos olímpicos.
“O cheerleading ainda não tem tanta visibilidade quanto outros esportes. Precisamos de identidade esportiva, espaço. O foco do chee é mais no Sudeste e precisamos de mais força territorial”.
Para isso, quanto mais competições, melhor. Como o JUBs Atléticas, por exemplo.
“O principal ponto de a competição ser aqui no no Nordeste é para os outros estados verem que tem time de chee aqui é que os times são bons, podem competir. Basicamente todas as competições que a gente tem são no Centro-Sul.
Voando alto, com base forte, o cheerleading quer conquistar os jovens do Brasil.
* O repórter Mauricio Costa viajou a convite da CBDU.