A Via Mobilidade, concessionária que administra as linhas 8 - Diamante e 9 - Esmeralda dos trens metropolitanos de São Paulo afirma que já investiu R$ 1 bilhão no sistema desde que assumiu o contrato, em janeiro de 2022.
A empresa diz que os aportes já têm proporcionado melhoria na qualidade dos serviços. Segundo a concessionária, no último mês de dezembro, houve uma queda de 78% nas reclamações e de 76% nas falhas em comparação com março de 2022. Série de falhas
Notícias relacionadas:SP: em dia de greve de ônibus, trens da Linha 9 apresentam problemas.Falhas e vandalismo levam a problemas no transporte por trens em SP.Linha 8 de trens metropolitanos de São Paulo volta a apresentar falha.A empresa deve responder até hoje (6) aos questionamentos do Ministério Público de São Paulo (MPSP) sobre a série de problemas e falhas desde que assumiu a administração das duas linhas. A promotoria abriu uma investigação para saber a origem dos problemas e afirma que deverá adotar as “providências necessárias” para garantir a prestação de serviços à população. De acordo com o MP, é estudada até a possibilidade de solicitar o rompimento do contrato de concessão ou pedido de indenização devido aos “inúmeros” acidentes e ocorrências
Em nota, a concessionária disse que “irá se manifestar no prazo e junto às devidas instâncias”. No entanto, o MP ainda não confirmou o recebimento da manifestação. Governo estadual
Há duas semanas, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, chamou a direção da Via Mobilidade para uma reunião para apresentação dos planos de modernização das linhas. “Os usuários do transporte público não podem acordar cedo e não ter a certeza de que terão os trens à disposição. A operação do sistema tem de ser segura e de qualidade”, enfatizou o governador, na ocasião.
No ano passado, a Secretaria Estadual de Transportes Metropolitanos chegou a aplicar R$ 7,8 milhões em multas à concessionária por descumprimento contratual devido às falhas recorrentes nas linhas operadas pela empresa. Concessão
A Via Mobilidade, consórcio formado pela CCR e pelo Grupo Ruas, ganhou, em 2021, a concessão para administrar as linhas 8 e 9, que eram mantidas pela estatal estadual Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). O contrato tem validade de 30 anos. A empresa também mantém a Linha 5 - Lilás do sistema de metrô.
A empresa afirma que ainda em 2023 vai investir R$ 1,5 bilhão nas linhas, em parte para o pagamento de 36 novos trens encomendados para a fabricante francesa Alstom. Desses, 16 trens devem, segundo a concessionária entrar em funcionamento em 2023.
A previsão da concessionária é que, seguindo o contrato com o governo estadual, sejam investidos R$ 3,8 bilhões nos primeiros três anos de concessão.