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ONG Rio de Paz lança documentário sobre desaparecidos

Agência Brasil
06/07/2023 às 17:12.
Atualizado em 06/07/2023 às 17:52

A ONG Rio de Paz lançará no dia 13 próximo o documentário Cadê Você?, sobre as 5 mil pessoas desaparecidas por ano no estado do Rio de Janeiro. Ao final da exibição, no cinema NET Botafogo, haverá um debate com o fundador da ONG Antonio Carlos Costa e o diretor do filme, Humberto Nascimento.

O longa-metragem marca os dez anos do assassinato e desaparecimento do pedreiro Amarildo Souza, morto por policiais militares, na Rocinha. O filme também traz histórias inéditas de pessoas que procuram seus entes queridos, muitos assassinados pelo tráfico, milícia ou polícia, cujos corpos jamais foram encontrados.

Notícias relacionadas:STJ mantém indenizações a parentes do pedreiro Amarildo.Justiça absolve policiais acusados de tortura e morte de Amarildo.Falta ao país padronização na busca a desaparecidos, diz Cruz Vermelha.“O poder público é incapaz de oferecer uma resposta para essa pergunta central: cadê você? A pergunta que pais, mães, avós e filhos fazem. Queremos com esse filme provocar um debate. O poder público tem que dar uma resposta. A democracia não pode conviver com esse crime”, disse Carlos Costa.

ONG Rio de Paz questiona o governo do estado sobre os desaparecidos no Rio de Janeiro em faixa instalada na Lagoa Rodrigo de Freitas - Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil Faixa

“Rio, 5 mil desaparecidos por ano. Quantos assassinados?” É essa pergunta que a Rio de Paz faz, em seu memorial, na Lagoa, na zona sul da capital fluminense, com uma faixa colocada nesta quinta-feira (6) questionando o estado sobre as pessoas desaparecidas no Rio de Janeiro.

No local onde foi afixada a faixa também estão placas com nomes de crianças vítimas de bala perdida e de policiais mortos pela violência no estado.

“Cinco mil pessoas desaparecem por ano no estado do Rio e estamos certos que uma fração significativa foi assassinada com ocultação dos cadáveres. Um número incontável de famílias espera o retorno de seus parentes que não vão reaparecer”, disse o fundador da ONG.

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