Justiça

PGR manifesta-se contra aprovação tácita de atividades de mineração

Agência Brasil
16/03/2023 às 19:48.
Atualizado em 16/03/2023 às 20:30

A Procuradoria-Geral da República (PGR) enviou, nesta quinta-feira (16), ao Supremo Tribunal Federal (STF) parecer contra a aprovação tácita de atos governamentais que causam impacto ao meio ambiente e terras indígenas.

A manifestação foi anexada à ação protocolada em 2021 pela Rede Sustentabilidade. O partido contesta no Supremo normas do antigo comando do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) que liberaram mineração na região conhecida como Cabeça do Cachorro, localizada em São Gabriel da Cachoeira, no Amazonas. Uma resolução Agência Nacional de Mineração (ANM) que prevê  autorização tácita para a atividade se o prazo de análise não for cumprido pelo órgão também é questionada. 

Notícias relacionadas:PGR denuncia mais 100 pessoas por atos golpistas em 8 de janeiro.Moraes mantém prisão de 294 acusados por atos antidemocráticos.Ibaneis: documento achado na casa de Torres revela intenção de golpe.No documento, o procurador-geral da República, Augusto Aras, disse que normas constitucionais e leis do setor determinam a proteção ambiental contra a exploração de atividades nocivas. 

Dessa forma, Aras defendeu que a Corte explicite que atividades econômicas que degradam o meio ambiente não podem ser aprovadas de forma tácita. “Sugere-se a adoção de interpretação conforme a Constituição, de maneira a explicitar que nenhum ato que possa ter impacto sobre o meio ambiente ou terras indígenas haverá de ser objeto de aprovação tácita pelo poder público”, opinou Aras. 

O processo é relatado pelo ministro Nunes Marques. Não há prazo para decisão. 

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