A produção de motocicletas chegou a 139.622 unidades em setembro, 4,3% a menos do que o registrado no mês anterior, quando foram produzidas 145.852 motocicletas. Na comparação com o mesmo mês do ano passado, houve alta de 28,2% (108.948 unidades). Esse foi o melhor desempenho para o mês desde 2013 (150.731 unidades).
No acumulado do ano, a indústria chegou às 1.061.543 motocicletas saindo das linhas de montagem do Polo Industrial de Manaus, o que corresponde a uma alta de 18,4% na comparação com o mesmo período do ano passado (896.558 unidades).
Os números foram divulgados hoje (13) pela Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo).
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Na avaliação do presidente da Abraciclo, Marcos Fermanian, os números comprovam o movimento do mercado. “Estamos normalizando o abastecimento das revendas e atendendo o consumidor que espera por uma motocicleta. Ainda existe fila de espera”, disse.
Segundo os dados, as motocicletas de baixa cilindrada foram as mais vendidas, com 101.549 unidades, o que corresponde a 82,1% do mercado. Os modelos de 161 cilindradas a 449 cilindradas ficaram em segundo lugar, com 18.033 unidades (14,6% dos licenciamentos), seguidos pelas motocicletas acima de 450 cilindradas (4.059 unidades e 3,3%).
No acumulado do ano, as vendas no varejo totalizaram 986.250 unidades, aumento de 17,3% em relação ao mesmo período de 2021 (840.971 motocicletas).
As exportações alcançaram as 5.786 motocicletas, o que corresponde a uma alta de 18,8% na comparação com o mesmo período do ano passado (4.872 unidades). Na comparação com agosto, no entanto, houve queda de 25,9% (7.807 motocicletas. De janeiro a setembro, foram exportadas 43.670 unidades, volume 2,1% superior às 42.765 unidades registradas no mesmo período do ano passado. Projeções
A Abraciclo revisou pela segunda vez as projeções para este ano. A nova perspectiva é de que as fabricantes do Polo Industrial de Manaus produzam 1.420.000 motocicletas, volume 18,8% superior às 1.195.149 unidades fabricadas no ano passado. “Ao avaliar diversos fatores e a tendência para os próximos meses, aposta agora em uma retomada ainda mais forte do segmento. As unidades fabris mantêm a curva de produção ascendente e o mercado pede por mais motocicleta. Hoje o consumidor procura por um veículo ágil, econômico e com baixo custo de manutenção para seus deslocamentos”, explica a Abraciclo.
Com a nova previsão, o segmento de motocicletas deve ficar próximo aos patamares alcançados em 2014, quando foram produzidas 1.517.662 unidades. “Ainda estamos bem distantes do recorde de 2,1 milhões de motocicletas produzidas em 2011. Mas acreditamos que, devido ao aquecimento do mercado, a indústria estará gradualmente retomando sua produção”, disse a associação.
Para as vendas no varejo, a nova estimativa é de que sejam licenciadas 1.350.000 motocicletas, aumento de 16,7% na comparação com as 1.156.776 unidades registradas no ano passado. Para as exportações, a projeção é que sejam embarcadas 59.000 motocicletas, volume 10,3% superior às 53.476 unidades exportadas em 2021.