A ViaMobilidade, empresa do Grupo CCR, responsável pela operação da Linha 8-Diamante da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), está apurando as causas do descarrilamento de um trem que ocorreu por volta das 7h desta quinta-feira (30), na região de Júlio Prestes. Não houve feridos e todos os passageiros que estavam no trem desembarcaram em segurança com o auxílio dos agentes de atendimento e segurança da empresa.
Segundo informações da concessionária, a linha opera normalmente entre Barra Funda e Itapevi. “Passageiros com destino à região central devem descer na Estação Barra Funda e utilizar a Linha 7-Rubi da CPTM até a Estação Luz. Técnicos da ViaMobilidade atuam para restabelecer o serviço no trecho o mais breve possível”, diz nota.
Notícias relacionadas:Ministro dos Transportes aposta em ampliação da malha ferroviária.São Paulo retira obrigatoriedade de máscaras no transporte público.No dia 18 de março, a linha já havia registrado outro descarrilamento. Na ocasião, a empresa informou que o incidente ocorreu em virtude de falha em equipamento, que os sistemas de segurança foram acionados imediatamente e não houve feridos.
Foi essa mesma linha que, em março do ano passado, bateu em uma barreira de proteção no limite da parada da Estação Júlio Prestes. Em dezembro, a mesma composição descarrilou na Estação Domingos de Moraes, na zona oeste da cidade. Ninguém ficou ferido em nenhuma das situações. Ministério Público
Em março deste ano, o Ministério Público de São Paulo (MPSP) elaborou parecer indicando a necessidade de medidas emergenciais para garantir a segurança da Linha 8-Diamante do sistema de trens metropolitanos da capital.
Segundo o documento, é preciso fazer a manutenção e a modernização de equipamentos antigos. Esa linha, assim como a 9-Esmeralda, é operada desde janeiro de 2022 pela ViaMobilidade. Desde o início do contrato, ambas têm apresentado sucessivas falhas.
O Ministério Público reconhece que a empresa “adquire equipamentos para manutenção e promove ações no intuito de aumentar a segurança dos passageiros”. Entretanto, o parecer destaca que as ações são “insuficientes” em relação às necessidades de substituição e manutenção de itens antigos usados nas linhas.