Mato Seco representará o reggae no Kapivara Fest (Divulgação)
Enfim é anunciado no Kapivara Fest o primeiro representante do reggae: Mato Seco, referência nacional indefectível do estilo. A experiente banda de São Caetano do Sul, há 20 anos na estrada e com uma legião de fãs, discos premiados e até mesmo turnê internacional, se une a outros grandes nomes da música brasileira na primeira edição do evento que acontece dia 17 de dezembro em Piracicaba.
Os ingressos para o Kapivara Fest, que acontecerá no complexo histórico e turístico do Engenho Central, já estão à venda em segundo lote no Clube do Ingresso.
Além de pista e área vip, uma terceira opção de ingresso é o combo 2x1, em parceria com o Locomotiva Fest, que chega à sexta edição nos dias 8 e 9 de outubro, também em Piracicaba. Ou seja, é uma oportunidade de se pagar um valor promocional para ir a dois festivais de grande porte em 2022 no interior paulista.
Este ano, o Locomotiva levará ao palco do pub da Cevada Pura as bandas Far from Alaska, gorduratrans, menores atos, Black Pantera, Chão de Taco, Bebé, Sophia Chablau e a Enorme Perda de Tempo, Pluma, Bahsi, odradek e magüerbes.
Mato Seco
Formada em 2022, a banda é hoje um das mais importantes nomes do reggae nacional, que arrebata cada vez mais fãs e registra grandes bilheterias por onde passa em todo o país, tendo participado dos mais importantes eventos do cenário musical atual: João Rock; Forró da Lua Cheia, Virada Cultural Paulista, Bob Marley Day, Micareta de Feira de Santana, República do Reggae, Encontro das Tribos, Dia do Reggae, Mineiro Beat, Festa de Agosto de São Thomé das Letras, entre muitos outros.
Com mais de uma dúzia de músicas na boca dos fãs, o Mato Seco se destaca pelas letras bem elaboradas ao lado das mensagens positivas com conotações políticas e sociais, objetivando disseminar a filosofia do BEM e da JUSTIÇA. As músicas Brilho Oculto, Resistência, Tudo Nos é Dado, Caminho da Luz, e Pedras Pesadas, por exemplo, são consideradas hinos do reggae brasileiro.
Após duas demos (uma ao vivo e outra em estúdio), a banda lançou seu primeiro disco no início de 2006. Intitulado "Mato Seco Resistência" , conta com 12 faixas de autoria própria, sendo 07 delas reedições das já lançadas na demo de estreia da banda, em 2004. O disco conta ainda com uma décima terceira canção instrumental que se segue após a última faixa, com uma belíssima intervenção da Oração atribuída à São Francisco de Assis, como música incidental. O disco foi produzido por Rodrigo Piccolo e Rodrigo Loli no Estúdio Tonelada, em São Paulo, local onde foram feitas todas as gravações em rolo de duas polegadas.
A banda possui três álbuns de estúdio: Mato Seco, | Resistência; Seco Mas Não Morto; Seco e Ainda Vivo, que podem ser livremente baixados no site da banda.
Em 2019 a banda colocou em prática um sonho antigo, a primeira turnê internacional da banda pela Europa. Com o nome impresso nos line-ups de festivais como Musa (Portugal) e Tropical Pressure (Inglaterra), a tour também incluiu salas de grande relevância para a música mundial como: Sala Palo Palo, Sala Malandar e Sala Boogaclub, todas na Espanha. Romper com velhos hábitos, ir atrás, trabalhar e crescer foram algumas das coisas buscadas nessa maratona de 73 dias pelo velho continente.
Em 2021 a banda lançou o álbum “Carta da Humanidade para a Humanidade”. O disco traz uma coletânea de músicas, que estão de acordo com o atual momento que vive o mundo, a mensagem principal é clara e traz esperança, paz e consciência humana sobre as pessoas e o nosso planeta. No dia 11 de maio, data que comemoramos o Dia Nacional do Reggae a banda lançou o single que deu start a esse lançamento.
O single intitulado “Carta da Humanidade (Fomos Longe Demais)”, levanta questionamentos sobre o egoísmo humano, que desde o início do mundo se preocupou em conquistar espaços, dividir pessoas, obter lucros, sem se importar com um bem-estar social geral, e que até hoje vem destruindo tudo que foi concebido pela natureza.
"Escolhemos 'Carta da Humanidade' para ser o primeiro single do nosso novo EP, pois diferente do que o Mato sempre coloca como fundamental nos ideais de sua música, “Carta da Humanidade” mexe com o que há de pior em nós mesmos, para que entendamos que somos tanto Bem como Mal, Luz e Escuridão, e que nossas escolhas é que são fundamentais nessa passagem, inclusive no impacto para os que virão depois", destaca a banda.
Mas como não poderia deixar de ser, a banda deixa acesa a chama em relação à esperança e fé de dias melhores, porque apesar de termos chegado ao que esperamos ser o ápice do descaso e insanidade por parte do homem, a Vida sempre renova! A intenção é deixar claro que só depende de nossas escolhas daqui pra frente, e a consciência e atitudes que passaremos adiante, para que a Vida possa ser próspera, justa e abundante pra todos, nesse tesouro de valor inestimável chamado Terra!
O Kapivara Fest
A capivara é um mamífero relativamente comum em várias partes do Brasil e que adora andar em grupo. É um bichinho tranquilo que está constantemente às margens do rio Piracicaba, ali pertinho do Engenho Central, o imponente e principal cartão postal da cidade.
Não à toa o animal, local e município do interior paulista (distante a cerca de 200 quilômetros de SP capital) dão vida ao Kapivara Fest (www.instagram.com/kapivarafest), um festival que vem pra agregar e unir tribos, recebendo nomes consagrados da música contemporânea, do universo alternativo e abrindo alas para as promessas do underground. Tudo isso dentro de um ecossistema interiorano com experiências de lifestyle urbano.
A produtora
Bruno Genaro, 31 anos, o produtor do Kapivara Fest, é piracicabano e mora nos Estados Unidos desde 2011. Ele começou no ‘corre’ de produção de shows em 2005, entre seus 14 e 15 anos, quando criou a Hardcore Pride, uma marca que posteriormente se tornaria referência em produção de eventos do nicho hardcore/punk no interior paulista.
Foi por meio da Hardcore Pride que Piracicaba recebeu nomes consagrados e em alta do estilo, principalmente bandas internacionais, como Have Heart (EUA), 25 TaLife (EUA), No Turning Back (Holanda), Nueva Etica (Argentina), Asunto (Chile), entre outros.
A Hardcore Pride retomou a produção de eventos em Piracicaba no mês passado com o festival Reunion Fest II, que colocou mais de 500 pessoas no histórico Teatro São José para assistir Ratos de Porão, Dead Fish, Gritando HC e outras sete bandas.
Agora é a hora do Kapivara Fest, no emblemático Engenho Central, simplesmente o ponto turístico e cultural mais importante da cidade.
Expectativa
“Já tinha uma ideia, baseado em festivais gringos, de fazer uma mistura de estilos – até mesmo heavy metal entraria numa primeira ideia para o Kapivara, mas foi ficando mais leve e, ao mesmo tempo, mais plural.
A ideia, com muita base na minha experiência no João Rock deste ano, é unir rock, reggae e rap, estilos que, de certa forma, compartilham um senso contracultura. Vamos balancear com nomes importantes e em alta para ser um festival agradável e divertido para todos”
Fomento da cultura local
“O público do Kapivara será tanto de pessoas que moram em Piracicaba como de cidades do entorno, Limeira, Campinas, Americana, Santa Bárbara d’Oeste. Será, mesmo, um evento para movimentar a cultura regional.
Vai movimentar bem Piracicaba, afinal, de cara a pessoa que vir ao Kapivara já conhecerá o Engenho Central, um local incrível e histórico, que a cada ano fica mais bem estruturado. Ali, nos tantos barracões devidamente restaurados, acontece o Salão Internacional de Humor e em breve terá o moderno Museu do Açúcar, por exemplo.
O nome
A capivara é o maior meme da cidade, uma referência visual e o nome ainda sugere algo do caipira, que também tem tudo a ver com Piracicaba, o povo daqui tem orgulho em se reconhecer como caipira, no bom sentido, não no pejorativo”.