EM MEIO À QUARENTENA

Cobrança de Zona Azul é questionada por vereadora

Serviço de estacionamento rotativo continuou em funcionamento

Daniela Teixeira/Câmara
15/08/2020 às 10:05.
Atualizado em 25/03/2022 às 16:34
Vereadora Nancy Thame (PV)  (Fabrice Desmonts)

Vereadora Nancy Thame (PV) (Fabrice Desmonts)

Segunda-feira, 17 de agosto de 2020 A cobrança de Zona Azul quando o Comércio estava fechado em razão da Quarentena imposta para desacelerar o contágio pelo novo Coronavírus é questionada no requerimento 400/2020, de autoria da vereadora Nancy Thame (PV). Aprovado durante reunião extraordinária, o requerimento também pede explicações sobre as multas aplicadas no período de isolamento social. Nancy Thame relatou ter recebido questionamentos de munícipes sobre a continuidade das cobranças e fiscalizações do estacionamento rotativo mesmo quando as atividades comerciais estavam proibidas. “Tivemos vários decretos que visavam a paralisação do Comércio. No entanto, em todo esse tempo em que os estabelecimentos estavam fechados, haviam aqueles que buscavam alguma emergência, algum serviço essencial”, afirmou a vereadora ao discutir o requerimento. No requerimento, Nancy Thame informou que vários sites publicaram sobre a paralisação da cobrança da Zona Azul, o que não aconteceu nos últimos dias. De acordo com a vereadora, a Câmara de Dirigentes Lojistas de Piracicaba (CDL) também questionou a cobrança da Zona Azul apesar do Comércio ter ficado fechado devido à pandemia. A CDL informou que 80% dos veículos que se encontravam estacionados na Região Central foram multados. A vulnerabilidade dos trabalhadores da empresa responsável pela cobrança e fiscalização da Zona Azul, que foram expostos ao risco de contaminação no momento em que Piracicaba se encontrava na Fase Vermelha, foi pontuada pela vereadora no requerimento. Nancy Thame ainda questionou se os munícipes que foram multados, no período de isolamento social e paralisação comercial, serão ressarcidos. Durante a reunião extraordinária, o vereador Lair Braga (SD) discutiu o requerimento de autoria de Nancy Thame. Ele relatou que conversou pessoalmente com o procurador-geral do município, Milton Sérgio Bissoli, sobre o assunto e recebeu como resposta que o próprio Ministério Público entendia que a liberação do estacionamento poderia facilitar a aglomeração de pessoas nas ruas. Ao questionar o secretário de Trânsito e Transportes, Jorge Akira, o vereador foi informado de que se a Prefeitura não liberasse a cobrança e o funcionamento da Zona Azul, teria que cobrir os prejuízos da empresa Estapar, responsável pela cobrança e fiscalização do estacionamento rotativo no município. “Não só as multas causam revolta no motorista, mas a perda de pontos na carteira e a exposição das trabalhadoras da Estapar. É uma questão muito séria, embora estejamos entrando na fase amarela, não importa o tempo que passou, é muito importante que esse requerimento seja respondido oficialmente pelo Executivo”, afirmou Lair Braga.

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