Theo Hernandez comemora seu gol diante dos marroquinos, ontem, pela semifinal da Copa do Mundo (Dylan Martinez/Reuters)
A França venceu Marrocos por 2 a 0, no Al Bayt, ontem, pela semifinal da Copa do Mundo, no Catar. Os franceses buscarão o tricampeonato do Mundial, assim como os argentinos, outros finalistas, que bateram a Croácia por 3 a 0, esta semana.
A França foi campeão em 1998 e 2018. Os argentinos em 1978 e 1986. Os franceses, por outro lado, terão a chance de repetir o feito do Brasil, último a ser campeão mundial duas vezes seguidas (1958 e 1962).
A decisão entre Argentina e França será no domingo (18), às 12h (de Brasília), no Estádio Lusail. No sábado, às 12h, acontece a decisão pelo terceiro lugar entre Croácia e Marrocos.
A França buscou se impor logo nos primeiros minutos para evitar surpresas diante da maior zebra do Mundial. Aos cinco minutos, Theo Hernández abriu o placar. Esperava-se um domínio francês depois do gol, mas Marrocos foi ao ataque e só não marcou porque Lloris, a zaga e a trave seguraram os africanos. Na reta final, Muani pegou sobra, ampliou e deixou os europeus mais tranquilos: a classificação já estaria garantida para a grande final de domingo.
O meio-campista Griezmann vem se provando um dos melhores jogadores no mundial. Ontem, com pressão de Marrocos e um jogo difícil, o camisa 7 não parou de correr. Desarmou no meio, perto da área defensiva, na frente, e também ajudou em alguns contra-ataques.
Os marroquinos começaram com uma linha de cinco jogadores na defesa quando a França tinha a posse de bola. O objetivo era deixar Giroud e Mbappé com o mínimo de espaço em campo. Com 20’, porém, a estratégia mudou. Além do gol sofrido logo no começo, o zagueiro Saiss saiu com dores na coxa esquerda e o escolhido para substituí-lo foi Amallah, um meio-campista. Assim, a linha de cinco virou linha de quatro sem bola e o time começou a avançar para tentar tirar a diferença no placar.
Marrocos bem que tentou, foi à frente e incomodou os franceses. Teve até bola na trave e defesas de Lloris. Mas prevaleceu a soberania dos atuais campeões do mundo em campo. Aos marroquinos a honra de serem o primeiro mais africano a chegar em uma semifinal de uma Copa, e terão a chance de lutarpor um honroso terceiro lugar diante dos atuais vices-campeões mundiais, os croatas.
Argentinos
O Brasil não deu a Lionel Messi uma Copa do Mundo em 2014. Oito anos depois, o Catar pode resolver essa questão. O craque faz aos 35 anos o melhor Mundial de sua história e também o seu último. Ele está a um jogo de chegar à maior glória do futebol mundial, e erguer, enfim, o troféu que lhe falta.
"Estou desfrutando muito", disse ele, eleito mais uma vez o craque da partida. Foi perguntado se o que mostra no Catar é a sua melhor versão em Mundiais. "Não sei. Estou feliz e aproveitando", limitou-se a dizer.
Os números provam que, sim, Messi joga a sua melhor Copa do Mundo em sua despedida do torneio após cinco participações. É ele o maior goleador do Mundial catariano ao lado do francês Mbappé. Ambos têm cinco gols. Além disso, deu três assistências para seus companheiros marcarem. Ou seja, oito dos 12 gols da Argentina na competição tiveram a participação do craque.
Ele disse que a Argentina jogou "seis finais" até chegar à verdadeira decisão, que será contra França. "Sabia o que poderíamos fazer. Vamos jogar mais uma final, a Argentina está em mais uma final de Copa do Mundo e vamos desfrutar isso", disse Messi. (Com Estadão Conteúdo)
