XV de Piracicaba

Técnico afasta “luto”

Após “desastre” no sábado, treinador busca superação

José Ricardo Ferreira
28/03/2023 às 07:00.
Atualizado em 28/03/2023 às 07:00
O armador quinzista Vitor Braga durante lance na derrota para a Ponte Preta, no  sábado passado, no Barão da Serra Negra, pelas semifinais do Campeonato Paulista da Série A2 (Mateus Medeiros/Gazeta de Piracicaba)

O armador quinzista Vitor Braga durante lance na derrota para a Ponte Preta, no sábado passado, no Barão da Serra Negra, pelas semifinais do Campeonato Paulista da Série A2 (Mateus Medeiros/Gazeta de Piracicaba)

A derrota no sábado para a Ponte Preta certamente deixará cicatrizes na história do XV de Piracicaba no Paulistão A2. O jogo no Barão da Serra Negra com placar adverso de 3 a 0 a favor da Macaca nestas semifinais custou caro para o Alvinegro. Para o segundo e decisivo duelo, o XV precisará vencer por quatro gols de diferença se quiser o acesso à divisão principal em 2024. Se vencer por três gols de diferença, a decisão vai para os pênaltis. À Ponte Preta, basta um empate ou até perder por dois gols que estará reintegrada à elite estadual no ano que vem.

O técnico do XV, Cléber Gaúcho, logo após o jogo, confessou o clima de “luto” no vestiário. Mas como um profissional, sabe que no futebol há sim possibilidades para se contornar situações adversas. Para ele, o luto da derrota terminou ontem (27).

“O luto é até segunda. Segunda a gente volta a trabalhar, sabe que é uma situação bem difícil, mas vai lutar até o final com as forças que tem para buscar uma situação diferente. O que é possível fazer, é voltar a ser o XV de uma pegada forte, não deixar espaço entre as linhas como fez nos jogos anteriores e no segundo tempo deixou de fazer”, declarou o otimista treinador.

O time caiu muito de rendimento no segundo tempo dojogo. Na análise de Cléber, o gol tomado antes dos 10 minutos fez o time desestruturar-se. A equipe perdeu a compactação e os setores se distanciaram. Com isso, a Ponte Preta começou a trocar passes. O time também sentiu-se desgastado em relação ao jogo anterior, diante da Portuguesa Santista, na quarta-feira passada (22), pelas quartas de final.

Cléber disse que o clima logo após o jogo ficou “terrível” no vestiário. O técnico disse que a missão agora será também lidar com a situação psicológica do grupo. Após os dois a zero, fruto de um erro na saída de bola na defesa, o time sentiu o “baque”. Depois foi questão de tempo para levar o terceiro.

O futuro

Nos bastidores do XV tudo leva a crer que Cléber Gaúcho tem prestígio e continuará no comando do time mesmo se não conseguir o acesso. A não ser que ele tome a decisão de deixar o Barão. Caso contrário, estará na direção da equipe no Campeonato Brasileiro da Série D, que começa em maio.

Na diretoria, um de seus principais apoiadores é o vice-presidente Arnaldo Bortoletto. E Cléber ainda tem a seu favor o título da Copa Paulista no ano passado, que garantiu a vaga no campeonato nacional. Além do mais, fez o grupo reagir na própria A2 quando boa parte dos prognósticos era de que o time não passaria da primeira fase.

Por outro lado, sabe-se que Cléber naturalmente exige reforços de jogadores experientes em torneios nacionais para entrar com chances na fase classificatória da Série D.

O time se reapresentou ontem às 16h. Ocorreram trabalhos de recuperação física e atividades em campo para quem não jogou ou atuou pouco contra a Ponte.

O volante Guilherme Amorim, ausente no jogo de sábado, trata de uma lesão na parte posterior da coxa direita. Bruno César e Rodolfo Mol já treinam. 

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