O acordo de patrocínio do Borussia Dortmund com um fabricante de armas que lucra com guerras na Ucrânia e em outros lugares parece destinado a ser um tópico importante para discussão na assembleia geral anual do clube no domingo.
O Schwatzgelb Dortmund, jornal da torcisa do clube, publicou uma moção de Wilfried Harthan em nome do grupo de torcedores 'Heinrich Czerkus', pedindo ao clube que rescinda o acordo com a Rheinmetall "o mais rápido possível", e que ele não seja estendido além do fim de seu mandato em 2026 "sob nenhuma circunstância".
A Rheinmetall é a maior fabricante mundial de munição de artilharia e espera fazer vendas recordes de cerca de 10 bilhões de euros (R$ 57,5 bilhões) este ano.
Schwatzgelb diz em seu site que a colaboração de três anos com o Rheinmetall anunciada pelo clube em maio passado foi uma grande surpresa para a maioria dos fãs, chegando três dias antes de seu time perder para o Real Madrid na final da Liga dos Campeões.
O acordo "desde então moldou a imagem externa do clube. Para muitos Schwatzgelbe (fãs do Dortmund), isso coloca sua identificação como membros do Borussia Dortmund em questão", disse Schwatzgelb.
Muitos torcedores do Dortmund já mostraram sua oposição ao acordo com protestos em torno e durante o primeiro jogo do Campeonato Alemão da temporada em agosto.
O Rheinmetall anunciou em fevereiro a construção de uma nova fábrica em seu local existente em Unterluess, no norte da Alemanha, com capacidade de produção anual para 200.000 projéteis de artilharia, 1.900 toneladas de explosivos e possivelmente motores de foguete e ogivas. "Aqueles que fabricam armas de guerra não lucram com a paz, mas com a guerra", Schwatzgelb.