O advogado que representa Henrique Dubugras em um inquérito sobre estelionato, Tiago Zanella, negou o envolvimento do empresário no crime e disse que ele já prestou esclarecimentos pelo caso através de sua equipe jurídica. Em informação divulgada por Lauro Jardim, colunista do O Globo, e confirmada pelo Estadão, a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP) disse que o empresário foi convocado para depor no 7º DP da Lapa, em São Paulo, por duas ocasiões no último mês de agosto, mas não compareceu.
Conforme a defesa, não havia a necessidade do comparecimento pessoal do empresário para depor. O advogado ainda alegou que, após a análise de documentos registrados na Junta Comercial do Estado de São Paulo, conclui-se que o fato investigado diz respeito a um momento posterior à saída de Dubugras do quadro de sócios da empresa citada no inquérito.
"Inclusive, o terceiro reclamante nunca citou o nome do Sr. Henrique nem o associou a alguma prática ilícita", diz um trecho do comunicado. Segundo informações do advogado, a investigação é sigilosa.
Em nota enviada ao Estadão, a SSP-SP informou que Dubugras não havia se apresentado à unidade policial por estar fora do Brasil. O órgão confirmou que o empresário já não trabalhava mais na empresa à época dos fatos.
Leia a nota completa de Tiago Zanella, advogado de Henrique Dubugras:
"Diante do veiculado em coluna do jornalista Lauro Jardim no dia 14/10/2023, replicada em vários portais de internet, informamos que o Sr. Henrique Dubugras já prestou os devidos esclarecimentos à Autoridade Policial do 7º Distrito Policial de São Paulo por meio de seus advogados, não havendo necessidade de comparecimento pessoal.
Os esclarecimentos prestados e comprovados à Autoridade, dentre outros, por documentos registrados na Junta Comercial do Estado de São Paulo, demonstram que o suposto fato apontado por terceiro reclamante não tem nenhuma relação com o Sr. Henrique. O fato sob investigação é muito posterior ao momento da sua saída do quadro de diretores de empresa mencionada na investigação e da sua mudança para o exterior. Inclusive, o terceiro reclamante nunca citou o nome do Sr. Henrique nem o associou a alguma prática ilícita."
Leia a nota da SSP-SP:
"O caso é investigado por meio de inquérito policial instaurado pelo 7º Distrito Policial (Lapa). O homem citado pela reportagem foi chamado para comparecer à unidade policial, no entanto, não se apresentou até o momento, sendo representado por seu advogado, alegando encontrar-se fora do Brasil. Na época dos fatos, ele não trabalhava mais na empresa mencionada. As diligências seguem em andamento para esclarecer os fatos."
Henrique Dubugras foi notificado por outro caso antes de casamento em Fernando de Noronha
Dubugras, que ficou conhecido recentemente por ter fechado uma parte de Fernando de Noronha para realizar um casamento, foi notificado por outro caso dias antes da cerimônia. Ele, que mora na Califórnia, foi localizado por um Oficial de Justiça após a repercussão do evento que tinha Bill Gates na lista de convidados.
O processo, que corre na vara Cível e é movido por Henrique Duarte Coelho, pede para que o autor seja reconhecido como um dos acionistas da empresa Pagar.me. Coelho alega ter criado a companhia em conjunto com Dubugras e Pedro Franceschi.
A Pagar.me foi vendida para a Stone em 2016. O empresário diz não ter recebido nada após a venda da companhia.
Quem é Henrique Dubugras?
Henrique Dubugras tem 27 anos e é um dos fundadores da Brex, empresa que oferece cartão de crédito e programa de pontos para startups. Em 2022, ele e o sócio, Pedro Franceschini, entraram para a lista de bilionários da Forbes - Dubugras, porém, saiu da relação em 2023.
O empresário é de São Paulo e sempre gostou de tecnologia, tal qual o sócio. Eles se conheceram ainda adolescentes durante uma discussão no Twitter. Mais tarde, estudaram juntos ciência da computação na Universidade de Stanford por menos de um ano. Curso que abandonaram para fundar a Brex, em 2017.
*Estagiária sob supervisão de Charlise de Morais