O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, atendeu pedido da Procuradoria-Geral da República e deu 48 horas para que o diretor de Bangu 8, na zona Oeste do Rio, apresente um laudo médico sobre a capacidade ou não de o hospital penitenciário tratar o ex-deputado Roberto Jefferson. O aliado do presidente Jair Bolsonaro voltou ao cárcere após descumprir medidas cautelares impostas pelo STF e ainda atacar agentes da Polícia Federal com tiros de fuzil e granadas.
O despacho do ministro do STF foi lançado no sistema da Corte máxima nesta segunda-feira, 21, mas é datado de sábado, quando a vice-procuradora-geral da República Lindôra Araújo defendeu que a transferência do ex-deputado só deve ocorrer se o presídio não tiver estrutura para tratÁ-lo.
O pedido de transferência de Roberto Jefferson foi encaminhado ao STF na sexta-feira, 18, após um médico da família ir até Bangu para uma consulta e sugerir a internação do ex-deputado para a realização de uma bateria de exames.
A defesa sustentou que Jefferson precisava ser internado com urgência em "ambiente hospitalar adequado", alegando que o ex-deputado sofre risco de trombose e colangite (inflamação das vias biliares).
Durante sua primeira passagem por Bangu em razão da prisão decretada pelo Supremo, Roberto Jefferson chegou a ser transferido para o Hospital Samaritano Barra. De lá, o ex-deputado chegou a gravar um vídeo em que diz 'orar em desfavor do Xandão' e afirma que que 'Xandão não tem misericórdia de ninguém', enquanto lê trechos da Bíblia. O contexto de divulgação da gravação está sob investigação.