O Ministério da Agricultura pode ficar de fora do corte de gastos estruturado pelo governo. Segundo o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, até o momento, a pasta não foi chamada para apresentar cortes na estrutura. "Temos de ter compromisso com o gasto público, com a estabilidade financeira, com o orçamento público, gastando aquilo que se arrecada. É um movimento difícil, mas necessário de ser feito, afirmou Fávaro a jornalistas, na terça-feira, 5, após evento de apresentação dos novos uniformes da defesa agropecuária. "Até o momento, não fomos chamados para essa discussão, talvez por causa da necessidade de a agropecuária continuar crescendo, gerando emprego e gerando oportunidades", disse.
O ministro destacou que a subvenção dos recursos do Plano Safra, programa mais relevante em termos de orçamento do Ministério, é executada no Ministério da Fazenda. "Estamos executando pela segunda vez consecutiva o maior Plano Safra da história do País, compartilhando com o Ministério do Desenvolvimento Agrário. Isso gera emprego, gera oportunidade, crescimento da economia brasileira. Não é um exagero de orçamento público para subvencionar os planos safra brasileiros, algo em torno de R$ 16 bilhões a R$ 17 bilhões para agricultura familiar e empresarial", defendeu.
Fávaro assegurou aos jornalistas que desde que está à frente do ministério, desde janeiro de 2023, "nunca foi necessário restringir recursos orçamentários para nenhuma atividade ou tema necessários". "O orçamento sempre é curto, sempre falta recurso para a gente atender tudo aquilo que tem necessidade. Mas temos também que aprender a agirmos com a modernização e com o uso de novas tecnologias", afirmou.
Questionado sobre reportagem da Folha de S.Paulo que revelou que a proposta do Orçamento de 2025 não inclui recursos suficientes para tornar viável a realização do Cento Agropecuário, Fávaro afirmou que a equipe da pasta estará atenta às necessidades. "Quando você tem bons projetos, os recursos não são negados. Tenho certeza que nesse caso também, na medida da necessidade, a gente vai conseguir suplementar", respondeu.