Presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde não descartou um aumento de 50 pontos-base (pb.) do juro na zona do euro em setembro, durante entrevista coletiva que seguiu a decisão monetária da entidade nesta quinta-feira. De acordo com ela, o ritmo de alta dependerá da perspectiva inflacionária. Caso ela se deteriore até lá, é possível que um aumento mais agressivo seja apropriado, disse.
Em seu discurso que precede as perguntas de repórteres, Lagarde afirmou que as pressões inflacionárias se espalharam entre setores e é puxada pela alta nos preços de energia, agravada pela guerra na Ucrânia, e o aumento dos níveis salariais.
"O Conselho do BCE assegurará que a inflação retorne à meta de 2%" ao ano, reforçou Lagarde, que ainda disse que a entidade estará pronta para ajustar seus instrumentos em prol do objetivo inflacionário.
Segundo ela, as três taxas básicas de juro da zona do euro - a taxa de refinanciamento, de depósitos e de empréstimo - nas reuniões de julho e setembro.
Quanto às perspectivas inflacionárias, Lagarde afirmou que os riscos estão "primariamente apontados para cima" no momento. Caso a guerra na Ucrânia escale ainda mais, o sentimento econômico deve piorar e os preços subirem mais, projetou.