O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta segunda-feira, 27, que o Brasil pode passar a comprar diesel da Rússia, país que vem passando por um processo de isolamento no cenário internacional - com direito à aplicação de sanções - desde a invasão da Ucrânia, ocorrida em fevereiro.
De acordo com Bolsonaro, a possibilidade da troca comercial foi negociada mais cedo em ligação telefônica com o presidente russo, Vladimir Putin, antecipada pelo Broadcast Político e posteriormente confirmada pelo ministro de Relações Exteriores, Carlos França.
"Conversei com o presidente Putin, hoje, da Rússia. Trocas comerciais entre nós. Temos aí a segurança alimentar e a segurança energética. Então, há chance de comprarmos diesel de lá. Fica, com toda certeza, um preço mais em conta", declarou o presidente a apoiadores em frente ao Palácio da Alvorada.
Bolsonaro afirmou ainda que o preço dos combustíveis pode diminuir se o barril do petróleo do tipo Brent no mercado internacional continuar caindo, mas ponderou que é a Petrobras que decide o valor cobrado no País. Hoje, o petróleo Brent, negociado na bolsa de Londres, subiu a US$ 110,98 o barril. "O que a gente precisa? Transparência em tudo. É igual hoje, começaram alguns governadores a baixar o ICMS", acrescentou o chefe do Executivo, em mais uma crítica à política de preços da empresa.
Em resposta à sanção da lei que estabeleceu um teto de 18% para a cobrança do ICMS incidente sobre os combustíveis, governadores começaram hoje a reduzir as alíquotas do imposto em seus Estados. Foi o caso de São Paulo e de Goiás.