A briga generalizada entre os jogadores de Internacional e Botafogo, no Beira-Rio, em 19 de junho, pela 13ª rodada do Campeonato Brasileiro, não vai ter punição. A Segunda Comissão Disciplinar do Superior Tribunal de Justiça Desportiva do Futebol (STJD) acolheu, nesta terça-feira, a preliminar de prescrição levantada pelas defesas dos dois clubes.
Os auditores entenderam que a denúncia foi liberada após o prazo de 30 dias previsto no Código Brasileiro de Justiça Desportiva. Com a narrativa da súmula e vídeos da partida, a Procuradoria liberou denúncia no dia 21 de julho contra Phillipe Sampaio, Lucas Piazon (jogadores do Botafogo), Luís Castro (técnico do time carioca), André Mazzuco (diretor botafoguense), além de Gabriel Mercado e David, atletas do Internacional.
O processo entrou na pauta de julgamentos em 23 de agosto, mas foi adiado a pedido da defesa que destacou compromissos profissionais na data. De volta à pauta da Segunda Comissão, após a leitura do relatório, o advogado do Botafogo, André Alves, sustentou a preliminar de prescrição, uma vez que a denúncia foi liberada em 21 de julho, dois dias após o prazo máximo estabelecido pelo CBJD.
"O entendimento da defesa do Botafogo é que ocorreu a prescrição", disse o advogado André Alves, do Botafogo. Rogério Pastl, advogado do Inter, entendeu da mesma forma. "Encaminhamos uma petição ao relator sobre a produção de provas, mas preliminarmente faremos coro também no sentido de prescrição."
O auditor Washington Oliveira acrescentou. "Caso grave de agressão, tumulto generalizado, mas não dá para deixar de lado a questão processual. Tem um prazo e não há como ser diferente. Consigno meu protesto em relação ao caso."
O auditor Felipe Silva, presidente da Segunda Comissão, concluiu a votação. "Também acompanho as razões expostas na tribuna e fica acatada a preliminar de prescrição, por unanimidade dos votos."
Dentro de campo, o Internacional abriu 2 a 0 no placar, mas o Botafogo, com um jogador a menos, buscou a virada, que veio aos 55 minutos da etapa final. Logo após o gol de Hugo, jogadores dos dois clubes brigaram e a confusão prosseguiu também após o apito final do árbitro Savio Pereira Sampaio.
