O chefe do exército israelense disse nesta quarta-feira, que os militares estão se preparando para uma possível operação terrestre no Líbano, enquanto o Hezbollah lança dezenas de projéteis contra Israel, incluindo um míssil apontado para Tel Aviv, no ataque mais agressivo do grupo extremista até agora.
Dirigindo-se às tropas na fronteira norte, o chefe do Estado-Maior, tenente-general Herzi Halevi, disse que os últimos ataques aéreos israelenses foram concebidos para "preparar o terreno para a sua possível entrada e para continuar a enfraquecer o Hezbollah".
O Ministério da Saúde do Líbano disse que os ataques israelenses mais recentes mataram mais de 50 pessoas. Isso elevou o número de mortos nos últimos três dias para 615, com mais de 2.000 feridos. Esta semana foi a mais mortal no Líbano desde a guerra de um mês entre Israel e o Hezbollah em 2006.
Oficiais militares israelenses disseram que interceptaram um míssil do Hezbollah, enquanto o grupo afirma ter disparado contra a sede da agência de inteligência israelense Mossad, a quem culpa por uma recente série de assassinatos de seus principais comandantes e por um ataque que levou a explosões de pagers e walkie-talkies na semana passada.
O exército de Israel afirmou ainda que está mobilizando oficiais da reserva e que transferiu milhares de soldados que serviam em Gaza para a fronteira norte. Apesar disso, dizem que não existem planos imediatos para uma invasão terrestre, mas se recusaram a fornecer um calendário para a campanha aérea.
A Organização das Nações Unidas (ONU) e o Conselho de Segurança agendaram uma reunião de emergência sobre o Líbano para hoje, a pedido da França.