Um novo conjunto de dados sobre o setor imobiliário da China sugere que o setor permanece em má forma, aumentando a pressão sobre as autoridades para tomarem ações mais ousadas para enfrentar o que se tornou um grande entrave para a economia.
As vendas de novas moradias pelas maiores incorporadoras imobiliárias da China declinaram em um ritmo mais acelerado em julho, de acordo com números da provedora de dados China Real Estate Information Corp. As transações nas 100 maiores incorporadoras imobiliárias do país caíram 20%, para 279,1 bilhões de yuans no mês passado, em comparação ao ano anterior, equivalente a cerca de US$ 38,7 bilhões, ampliando a queda de 17% vista em junho. Em uma base mensal, as vendas reduziram 36%.
Os dados, além uma série de pesquisas mostrando a continuidade da fraqueza no vasto setor de manufatura da China, sugerem que a economia não começou bem o terceiro trimestre. E após um desempenho abaixo do esperado no segundo trimestre, economistas estão céticos de que os esforços de Pequim para reviver o mercado imobiliário e a economia em geral estejam produzindo resultados.
Em maio, os formuladores de políticas implementaram suas medidas de apoio ao segmento habitacional mais ousadas até agora, eliminando as taxas de juros mínimas sobre hipotecas e reduzindo os requisitos de entrada para potenciais compradores de imóveis.
No entanto, consumidores cautelosos ainda relutam em comprar casas diante das crescentes preocupações com a economia. Governos locais com dificuldades de caixa e empresas estatais afiliadas também têm sido lentos em adquirir propriedades não vendidas, lutando sob grandes cargas de dívida à medida que as receitas de terras caem.
Os credores estatais da China, já lutando com margens de lucro comprimidas e aumento de empréstimos ruins vindos do setor imobiliário, também se tornaram cada vez mais cautelosos em liberar dinheiro para financiar o novo mandato de Pequim.
O setor imobiliário ainda não atingiu o fundo do poço, e embora alguns indicadores-chave possam mostrar sinais positivos, a crise ainda não acabou, disseram economistas da Nomura em nota.
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