O candidato do PDT à Presidência, Ciro Gomes, voltou a criticar a troca de ataques de teor religioso entre o presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na campanha eleitoral.
O pedetista chamou de "forma muito grave de corrupção" o que classificou de invasão da "religiosidade do povo". "Aonde se misturou política corrupta com religião deu em genocídio. Se proteja, meu irmão. Você tem o direito de adorar a Deus da forma como você deseja adorar, e o papel presidente da República é respeitar todas as formas de adorar a Deus e até proteger aqueles que não tem condições de ter fé", afirmou Ciro em entrevista ao SBT Brasil na noite desta quarta-feira, 17.
Mais cedo, o candidato usou as redes sociais para dizer que os adversários estão "se tornando iguais" por usarem o nome de Deus "em vão".
O primeiro dia oficial de campanha nesta terça-feira, 16, foi marcado pela disputa entre Bolsonaro e Lula em torno de temas religiosos. Em Juiz de Fora (MG), o candidato à reeleição voltou a chamar a corrida presidencial de "luta do bem contra o mal" e também criticou o que chamou de "fechamento de igrejas" na pandemia de covid-19, reforçando a pauta religiosa da sua campanha.
Já Lula, fez o primeiro ato de campanha em São Bernardo do Campo (SP), seu berço político, onde acusou Bolsonaro de tentar manipular a boa-fé de evangélicos e afirmou que o presidente é "possuído pelo demônio". Hoje, a presidente nacional do PT voltou a colocar a religião em pauta na campanha. Em uma publicação nas redes sociais, a petista afirmou que "Bolsonaro usa Deus, Deus usa Lula!".