Na nota enviada anteriormente continha um erro no primeiro parágrafo. Não é que um terço pretende concorrer, um terço dos prefeitos mudou de partido para concorrer à reeleição. O título estava certo, segue correção:
A Confederação Nacional dos Municípios (CNM) apresentou nesta quinta-feira, 15 pesquisa que mostra que mais de um terço dos prefeitos que pretendem concorrer à reeleição neste ano mudaram de partido. O prazo para o registro de candidaturas termina hoje. A pesquisa ouviu 80% dos gestores que podem se reeleger nas prefeituras brasileiras (2.753 dos 3.450) e 34% informaram a mudança de partido visando às eleições.
O partido que mais recebeu candidatos à reeleição foi o PSD, com um saldo positivo de 126 gestores (189 ingressos e 63 saídas). Em seguida, vem o MDB (+53), o Republicanos (+40), o União (+30), o PT (+19) e o PL (+13). Já o PSDB foi o que mais perdeu prefeitos (-61), com 24 entradas e 85 saídas.
O PSD é o partido com mais prefeitos candidatos à reeleição (498), seguido por MDB (370), PP (295), União Brasil (272). Juntos, os quatro partidos representam 58,7% dos prefeitos que vão concorrer à reeleição e que responderam à pesquisa. O PT está em nono lugar, com 111 candidatos à reeleição.
A pesquisa também mapeou o comportamento dos prefeitos na campanha eleitoral. Entre os que responderam, 83% afirmaram que consideram os perfis próprios nas redes sociais os meios mais eficazes para pedir votos. Já 74,3% disseram que a campanha que traz os melhores resultados é o apoio político de autoridades estaduais e federais, e 71,8% listaram contato direto (corpo a corpo) na campanha.
De acordo com o estudo, entre 60% e 80% dos prefeitos estão aptos à reeleição a cada pleito eleitoral. Entre os elegíveis, há um percentual médio de 30% que optaram por não se candidatar. A taxa de sucesso dos que concorreram à reeleição entre 2000 e 2024 foi de 62%.
Emendas parlamentares
Questionado por jornalistas sobre o impacto que as emendas parlamentares possuem na eleição, o presidente da CNM, Paulo Ziulkoski, disse que é "praticamente zero". Na sua avaliação, há influência junto ao gestor, mas pouca percepção por parte do eleitorado. Sobre a decisão do ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), que suspendeu a execução das emendas impositivas, Ziulkoski disse ter medo que volte a dinâmica do toma lá, dá cá, mas ponderou que hoje a distribuição dos recursos não é a ideal.