Com uma carreira equilibrada entre os dois lados do balcão, público e privado, a morte do ex-ministro da Fazenda Eduardo Guardia foi lamentada por colegas economistas de todo o País, que ressaltam o profissionalismo e dedicação de Guardia, cujo último cargo foi à frente do BTG Pactual no Brasil.
"É uma enorme perda para a família, os amigos e para o Brasil. O Eduardo foi não apenas um exemplar homem público mas um ser humano excepcional", disse ao Broadcast o ex-ministro Henrique Meirelles. Guardia foi secretário-executivo na gestão de Meirelles no ministério da Fazenda.
"O Brasil deve muito ao Eduardo, que teve várias passagens muito importantes no governo, na última como ministro. Grandes reformas aconteceram por conta do trabalho dele. É profissionalmente impecável e pessoalmente um amigo muito querido", afirmou o ex-diretor do Banco Central e sócio da Mauá Capital Luiz Fernando Figueiredo. "Da minha época do governo, a melhor experiência que tive com secretários do Tesouro foi quando ele assumiu. Foi uma parceria maravilhosa", completou.
Ministro do Planejamento contemporâneo de Guardia, o hoje secretário especial de Tesouro e Orçamento Esteves Colnago afirmou ao Broadcast que o economista era uma pessoa "absolutamente comprometida com o futuro do País e que sabia valorizar e considerar as posições amadurecidas nas discussões no Governo", disse, completando: "Tinha muita admiração por ele".
O secretário de Política Econômica do Ministério da Economia, Adolfo Sachsida, também ressaltou, no Twitter, que conviveu com Guardia assim que assumiu a SPE, "oportunidade em que pude notar sua gentileza e inteligência afiada. Liderou um dos melhores times econômicos da história".