Representantes de ao menos dez diretórios estaduais do MDB se articularam nesta terça-feira, 12, e defenderam o nome de Simone Tebet como candidata do partido ao Planalto. Por meio de diversas publicações nas redes sociais, dirigentes disseram acompanhar as discussões em torno da eleição presidencial e reafirmaram o apoio à senadora.
O movimento acontece em meio às negociações entre União Brasil, MDB, PSDB e Cidadania para a formação de um palanque conjunto na eleição presidencial, cujo nome será decidido até o dia 18 de maio. Enquanto os tucanos seguem rachados quanto à pré-candidatura do ex-governador João Doria para a disputa, quadros do MDB pressionam para que a legenda libere a articulação nos Estados para permitir apoio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Nas publicações, integrantes da sigla reagiram às investidas petistas e tentaram consolidar o nome da senadora como cabeça de chapa em uma eventual coligação. "A pré-candidatura da senadora Simone Tebet representa a opção pelo equilíbrio, o preparo intelectual e a competência na eleição presidencial. Por isso conta com o apoio do MDB Goiás", escreveu Daniel Vilela, presidente do diretório no Estado.
Léo Oliveira, vice-presidente do MDB em São Paulo, disse se somar "à maioria dos diretórios estaduais" que quer Tebet na Presidência. "Nós paulistas entendemos que o Brasil precisa avançar em busca de emprego e renda, e menos briga política sem sentido", publicou no Instagram, seguido pelos diretórios de Pernambuco, Tocantins, Distrito Federal, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Paraná, Acre e Rio de Janeiro.
Nesta terça-feira, Tebet se reuniu com o ex-presidente Michel Temer (MDB) e João Doria com o objetivo de costurar um acordo entre as siglas. O União Brasil também articula lançar Luciano Bivar como pré-candidato. Como o Estadão mostrou, a avaliação na cúpula do PSDB é que Simone desponta como favorita enquanto reúne o apoio formal de integrantes do partido.
Na segunda-feira, 11, em Brasília, Lula jantou com integrantes da ala do MDB que apoia a sua candidatura. O Estadão apurou que do lado do MDB houve pedido para que o ex-presidente abandone o discurso para agradar a extrema esquerda e concentre a campanha em três pontos: "bolso, bucho e democracia", as principais fragilidades do presidente Jair Bolsonaro, seu principal adversário, que envolvem economia, inflação e ataques ao regime democrático.