O presidente do governo da Espanha, Pedro Sánchez, anunciou que o país concederá 55 milhões de euros adicionais para ajudar nas necessidades de reconstrução da Ucrânia. Em visita ao país do leste europeu, o mandatário espanhol se comprometeu ainda a entregar mais armamento pesado à Ucrânia, incluindo quatro tanques Leopard e veículos blindados, além de um hospital de campanha portátil.
A visita marca o começo da presidência rotativa da Espanha na União Europeia (UE), que se estende até o fim do ano. Em um discurso ao parlamento da Ucrânia, Sánchez disse que a UE está com os ucranianos "o tempo que for necessário" e que estava no país para expressar a "firme determinação" do grupo contra "a agressão russa ilegal e injustificada à Ucrânia".
Em outras partes da Ucrânia, autoridades regionais relataram que pelo menos três civis foram mortos e 17 feridos por bombardeios russos na sexta-feira e durante a noite na linha de frente da região leste de Donetsk.
Durante entrevista, Sánchez disse que "somente a Ucrânia pode definir os termos e prazos" em negociações de paz. Já o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky reclamou da falta de clareza sobre o treinamento ocidental para pilotos de caça ucranianos. Ele disse que os aliados ocidentais ainda não estabeleceram um cronograma para treinar pilotos nos F-16 fabricados nos EUA, apesar de suas expressões de prontidão.
Zelensky também reafirmou que a Rússia estaria preparada para causar uma potencial catástrofe nuclear na usina de Zaporizhzhia, controlada por Moscou. "A Rússia está tecnicamente pronta para provocar uma explosão local na estação que poderia causar a emissão de substâncias perigosas no ar", afirmou.