Uma investigação federal sobre os esforços do governo da China para hackear redes de telecomunicações dos Estados Unidos revelou uma campanha de ciberespionagem "ampla e significativa" com o objetivo de roubar informações de norte-americanos que trabalham no governo e na política, informou o FBI na quarta-feira, 13.
Hackers afiliados a Pequim comprometeram as redes de "várias" empresas de telecomunicações para obter registros de chamadas de clientes e acesso às comunicações privadas de "um número limitado de indivíduos", de acordo com uma declaração conjunta emitida pelo FBI e pela Agência Federal de Segurança Cibernética e Infraestrutura (Cisa).
O FBI não identificou nenhum dos indivíduos visados pelos hackers, mas disse que a maioria deles "está envolvida principalmente em atividades governamentais ou políticas".
Os hackers também buscaram copiar "certas informações que estavam sujeitas a solicitações de aplicação da lei dos EUA de acordo com ordens judiciais", disse o FBI, sugerindo que os hackers podem ter tentado comprometer programas como aqueles sujeitos à Lei de Vigilância de Inteligência Estrangeira (Fisa, na sigla em inglês), que concede às agências de espionagem americanas amplos poderes para vigiar as comunicações de indivíduos suspeitos de serem agentes de uma potência estrangeira.
Nos últimos meses, vários incidentes de hacking de alto perfil foram vinculados à China. Em outubro, autoridades disseram que hackers tinham como alvo os telefones do então candidato presidencial Donald Trump e seu companheiro de chapa, o senador JD Vance, além de pessoas associadas à candidata democrata, a vice-presidente Kamala Harris.
A China rejeitou as acusações de que se envolve em ciberespionagem direcionada contra americanos. Fonte: Associated Press.