Economia

Fipe/Bionexo: preços de medicamentos vendidos a hospitais recuaram 0,55% em maio

Estadão Conteúdo
13/06/2022 às 16:36.
Atualizado em 13/06/2022 às 16:38

Após a expressiva alta de 3,57% em maio, os preços dos medicamentos vendidos aos hospitais no Brasil registraram em maio recuo de 0,55%, de acordo com o Índice de Preços de Medicamentos para Hospitais (IPM-H), indicador desenvolvido pela Fipe em parceria com a Bionexo - healthtech líder em soluções digitais para gestão em saúde.

A queda nos preços dos medicamentos coincide com a desaceleração da inflação ao consumidor agregada, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que em maio fechou mostrando uma alta média de 0,47% ante um avanço de 1,06% em abril. Muito da alta da inflação em abril esteve associada ao aumento dos preços dos medicamentos vendidos aos hospitais que, na esteira dos reajustes anuais dos medicamentos (10,89%), autorizados pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos CMED, foram aumentados em 3,57%.

"Dessa forma, a acomodação reflete um padrão sazonal observado para os preços no primeiro semestre do ano", afirma Rafael Barbosa, CEO da Bionexo.

Foi apurada uma elevação mensal dos preços nos seguintes grupos de medicamentos considerados na composição da cesta do índice: aparelho geniturinário, de 5,82%; aparelho respiratório, 2,60%; sangue e órgãos hematopoiéticos, 2,33%; sistema nervoso, 1,80%; imunoterápicos, vacinas e antialérgicos, 1,56%; e órgãos sensitivos, 0,01%.

Por outro lado, contribuíram para a queda mensal no índice os recuos observados nos demais grupos terapêuticos: preparados hormonais, 5,22%; anti-infecciosos gerais para uso sistêmico, 3,60%; aparelho digestivo e metabolismo, 3,60%; sistema musculoesquelético, 1,74%; agentes antineoplásicos, 1,00%; e aparelho cardiovascular, 0,43%.

No acumulado de janeiro a maio, o IPM-H registra uma alta de 4,85% nos preços dos medicamentos, resultado inferior à inflação ao consumidor de 4,78% acumulada pelo IPCA e ao comportamento dos preços da economia brasileira medido pelo IGP-M, de 7,54%.

Por outro lado, ao se adotar uma janela temporal ampliada, os resultados apurados recentemente revelam uma queda 3,92% no IPM-H nos últimos 12 meses encerrados em maio de 2022, divergindo do comportamento dos índices de preço da economia doméstica, a exemplo do que se observa nos casos do IPCA, com alta de 11,73% e do IGP-M, com 10,72%.

Essa queda do índice, segundo a Bionexo e a Fipe, é impulsionada pelos recuos nos preços de medicamentos dos seguintes grupos: anti-infecciosos gerais para uso sistêmico, 22,35%; aparelho cardiovascular, com recuo de 21,67%; sistema musculoesquelético, com queda de 19,96%; aparelho digestivo e metabolismo, recuo de 17,37%; e sistema nervoso, com queda de 15,58%.

Em contraste, foram registrados aumentos nos preços dos grupos dos seguintes grupos: aparelho geniturinário, 25,51%; imunoterápicos, vacinas e antialérgicos, 15,18%; aparelho respiratório, 14,14%; sangue e órgãos hematopoiéticos,12,81%; órgãos sensitivos,5,55%; preparados hormonais, 2,29%; e agentes antineoplásicos, 1,81%.

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