A Gazprom, companhia estatal de energia da Rússia, anunciou nesta quarta-feira, 15, uma redução nos fluxos de gás natural por meio do Nord Stream I pelo segundo dia seguido, criando mais turbulência em meio ao processo de redução da dependência europeia em relação à produção energética russa. O Nord Stream I, um dos principais gasodutos que ligam Rússia e Alemanha, terá seu fornecimento reduzido na quinta-feira em 60%.
A queda nas exportações de gás, usado para abastecer a indústria e gerar eletricidade, chegaria a cerca de 16 bilhões de metros cúbicos até o final do ano, ou cerca de 10% do total de importações de energia russa da União Europeia (UE), segundo Simone Tagliapietra, especialista em política energética da think tank Bruegel.
O novo corte veio um dia depois que a Gazprom disse que reduziria os fluxos em 40%, depois que as sanções canadenses por causa da guerra na Ucrânia impediram a parceira alemã Siemens Energy de entregar equipamentos revisados. A empresa culpou o mesmo problema para a redução anunciada hoje.
Segundo o vice-chanceler da Alemanha, a ação é uma estratégia para "perturbar as pessoas e elevar os preços", segundo afirmou em comunicado.