Política

Gleisi ironiza lei dos EUA para banir TikTok e questiona 'defensores da liberdade'

Estadão Conteúdo
25/04/2024 às 22:21.
Atualizado em 25/04/2024 às 22:27

deputada federal e presidente do PT, Gleisi Hoffmann (PR), ironizou, nesta quinta-feira, 25, a sanção da lei que bane o TikTok dos Estados Unidos caso plataforma não corte laços com a China. Nas redes sociais, a deputada disse que a "gritaria contra a censura" seria diferente se a legislação fosse aprovada em outros países. "Como é que ficam agora os defensores da 'liberdade de expressão' do mentiroso Elon Musk e do seu bando de fascistas?", escreveu.

"Imagina a gritaria 'contra a censura' se fosse na China, em Cuba, na Venezuela... Mas foi nos Estados Unidos que o Congresso aprovou e o presidente sancionou uma lei que pode banir o TikTok do país se não for vendido a um grupo privado estadunidense. Como é que ficam agora os defensores da 'liberdade de expressão' do mentiroso Elon Musk e do seu bando de fascistas? Ditadura contra a rede social dos outros é colírio, né?", disse no X (antigo Twitter).

No sábado, 20, a Câmara dos Representantes dos EUA aprovou o projeto de lei que expulsa a plataforma do país se o proprietário com sede na China não vender sua participação dentro de um ano. O Senado do país deu aval à proposta na terça-feira, 23. Os legisladores examinaram o popular aplicativo de vídeos devido a acusações de que seus laços com o país asiático representam um risco para os dados pessoais da população norte-americana. A lei foi sancionada pelo presidente Joe Biden nesta quarta-feira, 24.

O TikTok reagiu duramente à aprovação, afirmando que o projeto de lei "atropelaria os direitos de liberdade de expressão de 170 milhões de americanos, devastaria sete milhões de empresas e encerraria um plataforma que contribui anualmente com US$ 24 mil milhões de dólares para a economia".

Gleisi citou na publicação o empresário e dono do X (antigo Twitter), Elon Musk, que ameaçou fechar o escritório no Brasil após acusar o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, de promover "censura". Na ocasião, o bilionário ainda desafiou o magistrado, ameaçou descumprir ordens judiciais e revisar restrições impostas à plataforma.

Em resposta, Moraes incluiu o empresário como investigado no inquérito das milícias digitais por "dolosa instrumentalização" da rede social. O ministro também ordenou a abertura de um inquérito à parte sobre Elon Musk por suposta obstrução de Justiça "inclusive em organização criminosa e incitação ao crime".

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