A Gol registrou prejuízo líquido de R$ 3,9 bilhões no segundo trimestre de 2024, revertendo o lucro de R$ 556 milhões no mesmo período de 2023, conforme divulgação realizada na quarta-feira, 14. No critério ajustado, o prejuízo foi de R$ 1 bilhão ante lucro de R$ 416 milhões um ano antes.
O prejuízo ajustado exclui os ganhos com variação cambial líquida de R$ 2,7 bilhões, perda de R$ 166 milhões relacionado aos Exchangeable Notes e Capped Calls, além das despesas não recorrentes de R$ 336 milhões de Chapter 11, processo de recuperação judicial da companhia em andamento nos Estados Unidos.
O Ebitda recorrente somou R$ 745 milhões, queda anual de 21,3%. Com isso, a margem Ebitda recorrente recuou 3,9 pontos porcentuais, para 18,9%.
A companhia estima que a tragédia climática no Rio Grande do Sul tenha reduzido o resultado operacional em cerca de R$ 100 milhões, devido a uma redução de R$ 120 milhões nas receitas e aproximadamente R$ 20 milhões na diminuição de custos, com o menor número de voos operados. Esse efeito representou uma redução de 1,9 p.p. na margem operacional do trimestre.
A receita líquida da companhia atingiu R$ 3,9 bilhões entre abril e junho, 5% menor do que no mesmo intervalo de 2023. Excluindo o impacto do fechamento do Aeroporto Internacional Salgado Filho (Porto Alegre), a receita líquida do trimestre teria caído 2,1%.