O diretor de Política Econômica do Banco Central, Diogo Guillen, repetiu nesta quinta-feira, 24, que a adoção da meta contínua de inflação pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) este ano foi a "melhor decisão possível", após a discussão sobre uma eventual elevação do alvo ter provocado a desancoragem das expectativas em 2023.
"A decisão final, eu acho, foi a melhor que podíamos ter, porque não temos mais nenhuma incerteza sobre a meta", ele afirmou, em um evento organizado pelo banco JPMorgan em Washington, nos Estados Unidos, paralelamente às reuniões anuais do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial.
Guillen voltou a dizer que foi justamente o debate sobre uma mudança da meta que levou à desancoragem das expectativas no ano passado. O fato de a manutenção do alvo em 3% não ter levado a uma ancoragem total pode ter a ver com prêmios relacionados às políticas monetária e fiscal, ou pode estar relacionado à inflação corrente.