A luta para certificar os resultados do primeiro turno da eleição presidencial na Guatemala sofreu o que os especialistas chamaram de outro revés neste sábado, depois que a presidente da Suprema Corte, Silvia Valdés Quezada, emitiu uma ordem bloqueando a certificação.
Quezada estipulou que o processo não poderia prosseguir até que as autoridades eleitorais, que realizaram uma revisão das planilhas de apuração de votos da eleição de 25 de junho, relatassem a ela seus métodos e quaisquer inconsistências encontradas. Valdés Quezada disse que eles deveriam fazer isso em 12 horas.
As revisões testemunhadas pela AP constataram que os votos marcados ou contados indevidamente totalizaram menos de 1% do total, não o suficiente para alterar os resultados.
A missão de observadores eleitorais da Organização dos Estados Americanos (OEA) ressaltou, em comunicado neste sábado, que estava preocupada com "a tentativa de continuar judicializando o processo eleitoral".
O grupo da OEA afirmou que a revisão do edital "foi realizada de maneira satisfatória, respeitando os princípios de máxima transparência e acesso público".
Especialistas consideram a ordem de Valdés Quezada suspeita porque ela era a única juíza a assiná-la. De acordo com o procedimento normal, deveria ter sido assinado por todos os 13 juízes.
"Só ela está suspendendo o processo eleitoral", disse o advogado constitucional Alejandro Balsells.
Se os candidatos Sandra Torres e Bernardo Arévalo continuarem sendo os dois mais votados no reexame, isso aumentará a probabilidade de que os dois se enfrentem em um segundo turno, marcado para 20 de agosto. Fonte: Associated Press.