Laudo da Corregedoria da Polícia Federal (PF) aponta que uma escuta ilegal foi usada para ouvir conversas do doleiro Alberto Youssef enquanto ele esteve preso na superintendência da corporação em Curitiba.
O documento aponta que o grampo clandestino ficou ativo entre 17 e 28 de março de 2014. A defesa do doleiro estuda pedir a anulação da delação de Youssef. A informação foi divulgada antes pela revista Veja.
O aparelho foi encontrado pelo próprio Youssef, quando ainda estava preso, o que motivou a abertura de uma investigação interna da PF.
"O que se pode concluir, por tudo o que foi apurado nesta sindicância, é que houve, de fato, a realização de gravações ambientais em cela de custódia", diz um trecho do relatório da apuração, obtido pelo Estadão.
A investigação administrativa atribuiu ao policial federal Dalmey Fernando Werlang a instalação do grampo e a coleta das conversas captadas. Tudo sem autorização judicial. Ele admitiu que colocou a escuta na cela, mas disse que recebeu ordem de superiores hierárquicos.