O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), negou nesta segunda-feira, 6, que sua defesa em favor da adoção do semipresidencialismo no Brasil esteja relacionada a um desejo de tornar-se primeiro-ministro. De acordo com o deputado, em 2030 ele nem pretende mais estar atuando na política.
"Alguns órgãos de imprensa dizem que o Arthur Lira quer ser primeiro-ministro. Não, em 2030 eu quero estar fora da política", disse o deputado, emendando que sua defesa do semiparlamentarismo está associada ao seu desejo de conferir melhor governabilidade ao País e acabar com a insegurança política.
"O semipresidencialismo vai acabar com essa pendenga de impeachment no País. Terminei o ano passado com mais de 180 pedidos de impeachment do presidente", afirmou, reforçando que isso acaba gerando insegurança política.
O presidente da Câmara disse ainda que "estamos reduzindo o número de partidos políticos com a cláusula de barreira" e projetou que irão restar no Brasil no máximo oito partidos: dois de esquerda, dois de direita, dois de centro-esquerda e dois de centro-direita.