O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que não lhe "encanta" ver as greves de docentes das universidades federais e disse que o ministro da Educação, Camilo Santana, "quer a negociação o mais rápido possível".
As declarações ocorreram durante entrevista no programa Bom Dia, Presidente, da EBC, junto aos ministros Rui Costa (Casa Civil) e Paulo Pimenta (Secom), na manhã desta terça-feira, 7.
Segundo Lula, a ministra da Gestão, Esther Dweck, também coordena as conversas com a categoria e "está querendo negociar". Ele disse ter ouvido da ministra que a pasta elaboraria uma proposta aos sindicatos nesta terça.
O presidente relembrou ter sido líder de greves no passado e disse ser favorável ao instrumento, mas pregou o máximo possível de negociações.
"Negociação é sempre assim: eu pedia 10, e me ofereciam 2, e eu não queria. Mas entre 10 e 2, tem 3, tem 4, tem 5, tem 6. É sempre possível encontrar um número que você possa, se não satisfazer 100% das pessoas, mas atender."
Em seguida, Lula salientou que o governo tem limitações de recursos porque "não produz dinheiro, arrecada do povo".
O presidente acrescentou: "Nós vamos fazer um acordo. Não me encanta ver parte da educação em greve. Tenho que inaugurar muitas escolas técnicas, visitar universidades, e quero que os professores e funcionários estejam tranquilos".