O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, reuniu-se nesta quarta-feira, 21, pela primeira vez com a primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni. O encontro ocorre na sede do governo italiano, o Palácio de Chigi.
Governante de um partido de direta mais radical na Itália, ela tem divergências políticas explícitas com Lula, mas diplomatas responsáveis pela ligação dos dois países descreveram ao jornal O Estado de S. Paulo que o encontro seria uma oportunidade de "normalização" da relação.
Os italianos se queixam de manifestações de Lula associando a Itália a um "país fascista", em data próxima à vitória eleitoral de Meloni, no ano passado. Além disso, Lula tem a marca de ter barrado a extradição do assassino confesso Cesare Battisti, condenado à prisão perpétua no país por quatro assassinatos.
Os dois países mantêm uma parceria estratégica e forte colaboração, além do intercâmbio cultural e da comunidade italiana presente no Brasil. São cerca de 30 milhões de descendentes, segundo o governo federal.
Há ainda forte colaboração em matéria de Defesa, especialmente no fornecimento e desenvolvimento de viaturas blindadas para o Exército Brasileiro e empresas italianas.
Brasil e Itália - assim como o restante da União Europeia - divergem na abordagem para a guerra na Ucrânia.