O Comando de Aviação da Polícia Militar de São Paulo mobilizou metade da sua frota de helicópteros para auxiliar no combate aos incêndios em vegetações em todo o Estado. Desde 8 de agosto até 12 de setembro, foram empregados 14 helicópteros águias - de um total de 29 - em 56 cidades.
As aeronaves são equipadas com tanques d'água e alcançam áreas de difícil acesso, como focos de queimadas. Desde agosto, foram feitos 1.916 lançamentos em todo o Estado, com mais de 760 mil litros de água para controlar as chamas.
Os helicópteros da PM são acionados pelos Bombeiros ou pela Defesa Civil, que fazem o monitoramento das áreas com os focos de incêndio. Ao serem acionados, sobrevoam o local para reconhecimento do cenário, a fim de definir a melhor estratégia a ser utilizada na ocorrência.
A reposição do tanque d'água acontece em fontes de águas próximas, normalmente em lagos, o que facilita o deslocamento do helicóptero na operação.
Segundo a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP), na quinta-feira, 12, o uso da aeronave impediu que o fogo chegasse às residências que ficavam nas proximidades na Serra do Mursa, em Campo Limpo Paulista. "O Águia 21 sobrevoou o local por quase oito horas, totalizando 108 lançamentos de 'Bambi Bucket', um tanque capaz de carregar até 500 litros de água, que é despejado sobre os focos de incêndio", afirma.
O helicóptero também retirou três pessoas que ficaram sem rota de fuga em um dos picos da serra devido ao fogo. Elas prestavam apoio voluntário à equipe do 19º Grupamento de Bombeiros (Jundiaí) em solo.
O auxílio das aeronaves da PM também foi solicitado em incêndios ocorridos em São Luís do Paraitinga e em Mairiporã. "Em São Luís, os focos foram reduzidos significativamente com o empenho do Águia 14. Já na Serra do Cantareira, em Mairiporã, o Águia 16 conseguiu minimizar as chamas", diz a SSP. No total, foram 114 lançamentos de tanques com cinco horas de voo nos dois municípios.
Até esta sexta-feira, 13, 20 pessoas foram presas por causarem incêndio em áreas de mata no Estado de São Paulo. Foram três prisões em Franca, três em Batatais, duas em São José do Rio Preto e uma em Rio Claro, São Carlos, Patrocínio Paulista, Santo Antônio da Alegria, Jales, Guaraci, Pindorama, Salto, Campinas, Pedregulho e São Bernardo do Campo.