A entrevista concedida por Rafael Nadal após conquistar Roland Garros pela 14ª vez foi quase tão aguardada quanto a própria final, disputada neste domingo. Havia expectativa de ele pudesse anunciar um afastamento temporário do circuito ou mesmo a aposentadoria, depois de diversos rumores nos últimos dias. Mas o espanhol tratou de acalmar os fãs ao garantir que segue na ativa e que vai até tentar disputar o Torneio de Wimbledon.
"Vou jogar em Wimbledon se o meu corpo estiver pronto. Não é um torneio que pretendo perder (neste ano)", afirmou o tenista, que ficou fora do Grand Slam inglês na temporada passada. Antes da final deste domingo, a imprensa espanhola já dava como certa a ausência de Nadal na competição londrina.
A preocupação de Nadal se deve às dores que costuma sentir no pé esquerdo, no qual sofre com uma lesão crônica. Nas últimas semanas, ele admitiu que vinha convivendo com dores também durante os treinos e que isso trazia certo desânimo para seguir no circuito profissional.
Neste domingo, ele revelou que conseguiu competir em Roland Garros porque tinha ao seu lado seu médico particular. E que só pôde jogar a final porque estava sem sentir o pé. "Por sorte o meu médico estava aqui e isso me permitiu jogar com o pé anestesiado."
Mesmo assim, o atleta de 36 anos levantou dúvidas sobre o seu futuro. "Não sei o que será do futuro, mas vou continuar lutando", avisou. "É óbvio que eu não posso continuar competindo com o pé anestesiado. Preciso encontrar uma solução. Me encantaria seguir competindo, então vou conversar com vários médicos e ver as minhas opções na semana que vem."
Com a vitória, Nadal alcançou a incrível marca de 14 títulos de Roland Garros, recorde absoluto em qualquer um dos quatro Grand Slams. Ao mesmo tempo, ampliou seu currículo para 22 troféus deste nível. Nadal já era o recordista de títulos de Majors desde que venceu o Aberto da Austrália, em janeiro, e agora aumenta a vantagem sobre o suíço Roger Federer e sobre o sérvio Novak Djokovic, ambos com 20 troféus.