O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, discursou na Assembleia Geral da ONU nessa sexta-feira, 27, muito embora não tivesse confirmado sua participação anteriormente. A participação do líder israelense foi alvo de críticas na assembleia, que se dividiu entre vaias e aplausos à figura símbolo da incursão militar do país contra rivais na região do Oriente Médio.
Em um discurso duro, ele prometeu seguir em frente na guerra contra o Hamas até que todos os reféns de Israel mantidos em Gaza sejam liberados com vida. Além disso, Netanyahu condenou a ação do Irã na região, pedindo que a comunidade internacional se una para impedir que o exército iraniano avance em um plano de produzir e utilizar equipamento com potencial nuclear.
Ele apresentou aos líderes que acompanhavam o discurso um mapa do Oriente Médio onde os países Síria, Iraque, Irã, Líbano e uma parte do Iêmen estavam destacados, e o título do desenho afirmava que aquelas nações são a "maldição" do Oriente Médio. As nações precisam ser contidas por Israel e pelo mundo antes que avancem em um plano de dominação, acusou Netanyahu. Segundo ele, com o apoio dos Estados Unidos, Israel conseguirá atingir a "paz plena" na região. "Lutamos pela segurança do mundo, e não apenas de Israel", disse.
No discurso, ele lembrou da invasão do Hamas em solo israelense em outubro do ano passado. "Ceifaram vidas de pessoas que celebravam a felicidade em um festival de música. E eles ainda mantém inúmeros reféns em Gaza. Nós vamos buscar essas pessoas, estes israelenses inocentes, eu prometo", afirmou. Netanyahu comparou o Hamas ao nazismo alemão, e disse que países da comunidade internacional que clamam para que Israel recue em sua incursão são "antissemitas" e "ignorantes".