Internacional

Netanyahu resiste à greve, à pressão de Biden e mantém planos de guerra

Estadão Conteúdo
03/09/2024 às 07:40.
Atualizado em 03/09/2024 às 07:49

O presidente dos EUA, Joe Biden, afirmou nesta segunda-feira, 2, que o primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, não tem feito o suficiente para libertar os reféns do Hamas em Gaza. O premiê vem enfrentando pressão externa e interna para aceitar os termos de um acordo proposto pelos americanos.

Ontem, Netanyahu pediu perdão em público pela primeira vez às famílias dos seis reféns cujos corpos foram recuperados no sábado, 31, mas novamente rejeitou a ideia de retirar suas tropas da Faixa de Gaza após a trégua.

O premiê exige que Israel mantenha uma presença militar no corredor chamado de "Philadelphi", uma faixa de 14 quilômetros de território que serviria de zona-tampão entre Egito e Gaza. Segundo Netanyahu, o controle israelense seria a única forma de evitar o contrabando de armas para o Hamas.

Perdão

"Eu disse às famílias, e repito: estou pedindo perdão por não termos conseguido trazer os reféns de volta vivos. Estivemos muito perto, mas não conseguimos", disse Netanyahu, prometendo uma "forte reação". "Israel não vai ignorar esse massacre. O Hamas pagará um preço alto por isso."

Netanyahu defendeu sua condução da guerra e a presença militar em Gaza, que seria essencial para a segurança de Israel. "Que mensagem enviaríamos ao Hamas? Mate os reféns e você terá concessões?", questionou o premiê.

As declarações foram dadas no momento em que escolas, prefeituras, redes de transporte e hospitais reduziram o atendimento ou suspenderam os trabalhos, em uma greve para protestar contra o governo. Netanyahu chamou o movimento de "vergonhoso" e a Justiça ordenou a volta ao trabalho no meio da tarde.

O Exército israelense disse que os seis corpos encontrados em Gaza, no sábado, eram de reféns que haviam sido "assassinados" dias antes pelo Hamas. Ontem, o grupo terrorista emitiu uma ordem para que suas unidades executem os reféns, caso soldados de Israel se aproximem do cativeiro. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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