O Partido Novo oficializou neste sábado, 30, em evento na cidade de São Paulo, o cientista político Felipe d'Avila como candidato a presidente, e o deputado federal Tiago Mitraud (MG) como candidato a vice.
D'Avila colocou a chapa da legenda como uma opção à escolha de um "mal menor" ou do "menos pior", em referência aos dois candidatos à frente nas pesquisas de intenção de voto, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, da chapa PT-PSB, e o presidente Jair Bolsonaro (PL).
"O Brasil não vai às urnas pensando em ressuscitar o pesadelo do passado ou manter o do presente", afirmou, acrescentando que Lula e Bolsonaro "destruíram o Brasil".
O candidato a presidente do Novo criticou Bolsonaro por não respeitar "as regras do jogo eleitoral" e a democracia. Sobre Lula, disse que "não é um ladrão que criou o maior esquema de corrupção deste País que merece ser presidente, ele merece estar na cadeia". Este trecho do discurso foi o mais aplaudido entre os presentes no evento.
D'Avila criticou os demais partidos dizendo que fazem lobby de grupos de interesse e que o pagador de impostos, a quem se coloca como representante, não tem apoio. O candidato incluiu em seu discurso a defesa da erradicação da fome e da miséria, além do fortalecimento da educação.
"Não é um País de esquerda ou de direita, é um País que pode reconhecer o que foi feito de bom", completou, ao referir-se ao governo de Romeu Zema em Minas Gerais, do mesmo partido. "Hoje, temos vergonha do que se faz no Brasil, precisamos voltar a ter orgulho de sermos brasileiros", concluiu.
Seu vice, Mitraud, reforçou que a campanha precisa mostrar que o País "não vai ser refém do sujo e do mal lavado, do péssimo e do pior ainda", afirmou. O Novo lançará 63 nomes para o cargo de deputado federal e 61 para o de deputado estadual nestas eleições.