O senador Otto Alencar (PSD-BA) afirmou que a posição do seu partido é aprovar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da transição da forma como foi proposta pelo senador Marcelo Castro (MDB-PI) - ou seja, com gasto de R$ 198 bilhões fora do teto de gastos e excepcionalização do Bolsa Família da regra fiscal por quatro anos.
A declaração, dada à imprensa antes de reunião do PSD com o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e com o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT), cotado para o Ministério da Fazenda, vem em meio à pressão de parlamentares para enxugar o texto.
"A nossa posição é de aprovar a PEC da transição como foi encaminhada e como está sendo proposta pelo senador Marcelo Castro. É super importante para a governabilidade do ano que vem", afirmou Otto Alencar.
De acordo com o parlamentar, o presidente nacional do PSD, Otto Alencar, apoia que o partido integre a base de Lula, mas não em troca de cargos. "Não haverá nenhuma iniciativa nossa de apoiar por estrutura. Não é isso. É pra apoiar, pra se dar uma posição de governabilidade", disse o senador. "Vou apoiar o governo com a convicção de que o governo tem as condições de resolver as dificuldades que estamos vivendo hoje, como desemprego e fome."
Otto Alencar, que integra o governo de transição, reiterou que o governo Lula deve desmembrar o Ministério do Desenvolvimento Regional em dois: Ministério das Cidades e Ministério da Integração.