Os passageiros negros que foram expulsos de um avião da American Airlines em janeiro deste ano processaram a companhia aérea nesta quarta-feira, 29, por discriminação racial.
A denúncia foi apresentada por três dos oito homens que tiveram que sair da aeronave no tribunal federal de Nova York. Os três autores da ação estavam em um avião prestes a decolar de Phoenix quando foram expulsos. Em seguida, encontraram outros cinco homens negros que também haviam sido expulsos do voo.
Segundo os autores da ação, os funcionários da companhia aérea alegaram terem recebido uma queixa sobre o odor corporal que eles exalavam, o que, segundo os homens, era falso. Apesar disso, todos tiveram que sair, mesmo após queixas de discriminação.
A confusão demorou cerca de uma hora. A American Airlines disse que os realocaria em outro voo, mas perceberam que não havia mais nenhuma partida disponível para Nova York e foram novamente embarcados na aeronave.
Em nota, a companhia aérea informou que investiga o ocorrido. Segundo a companhia, as alegações dos autores da ação não refletem "os valores fundamentais da empresa ou mesmo o objetivo de cuidar das pessoas". "Levamos muito a sério todas as alegações de discriminação e queremos que os nossos clientes tenham uma experiência positiva quando escolhem voar conosco", afirmou a companhia aérea por meio da nota.
Em 2017, a National Association for the Advancement of Colored People (NAACP) alertou aos viajantes negros sobre voar na American Airlines, alegando que vários passageiros afro-americanos haviam sofrido discriminação por parte da companhia aérea. A empresa prometeu mudanças, e o grupo de direitos civis mais tarde retirou o aviso.