A Polícia Federal cumpriu cinco mandados de busca e apreensão na manhã desta terça-feira, 29, para apurar suposta lavagem de dinheiro ligada ao roubo de mais de US$ 5 milhões ocorrido na noite do dia 4 de março de 2018, no pátio do Terminal de Cargas do Aeroporto Internacional de Viracopos em Campinas.
A ofensiva foi batizada Occulta Pecunia, expressão que, traduzida do latim, significa dinheiro oculto. As diligências foram executadas em São Paulo, com o cumprimento de três mandados de busca em Campinas e um em Sumaré, e em Alagoas, onde um endereço foi vasculhado.
A investigação cuja etapa ostensiva foi aberta na manhã desta terça foi aberta a um mês, com supervisão da 1ª Vara Federal de Campinas. Segundo a PF, foi identificada uma 'associação de várias pessoas, de maneira estruturada e ordenada, que dissimularam a origem' do dinheiro roubado.
Os investigadores apontam que os suspeitos teriam usado 'diversos subterfúgios' para lavar o dinheiro do crime, como compra e venda de imóveis, aquisição de veículos, criação de empresa para circulação de recursos, entre outros.
Trata-se da segunda operação que investiga crimes ligados ao assalto cinematográfico que ocorreu no interior paulista. Em setembro de 2020, a Polícia Federal prendeu duas pessoas ligadas ao roubo, uma delas apontada como um dos líderes do grupo investigado.
Os dois presos foram identificados após a apreensão de US$ 20 mil, com uma mulher, 18 dias após o roubo. Peritos analisaram as cédulas e, com base no número de série das notas, constataram que o montante fazia parte dos 13 malotes roubados de um contêiner no Terminal de Cargas Tango Victor, que seria enviado para Zurique, na Suíça.