Um sargento da Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG) foi baleado com dois tiros na cabeça e um na perna na noite de ontem, 5, durante uma perseguição a dois suspeitos no bairro Aarão Reis, na zona norte de Belo Horizonte (MG). A corporação afirma que o quadro de saúde do militar, identificado como Roger Dias, de 29 anos, é considerado "irreversível".
Informações preliminares da Polícia Militar apontam que o principal suspeito de ter efetuado os disparos é um homem de 25 anos que não teria retornado à prisão após ter sido beneficiado com a saída temporária de fim de ano - ele foi baleado e preso durante a perseguição. Posteriormente, o outro suspeito também foi capturado por agentes da polícia.
Conforme o boletim de ocorrência do caso, a Polícia Militar recebeu informações de que dois homens estavam andando armados em um Fiat Uno de cor cinza no bairro Aarão Reis. Equipes do 13º Batalhão identificaram o veículo e começaram a perseguição por volta de 22h17 na Avenida Risoleta Neves. Segundo os registros, os suspeitos não obedeceram à ordem de parada.
Durante a perseguição, o motorista do Fiat Uno teria perdido o controle do veículo e batido em um poste nas imediações. Após o acidente, ele e o outro homem que estavam no carro desceram às pressas e continuaram a fuga a pé, segundo o boletim. Ao se aproximar de um deles, o sargento Roger Dias foi surpreendido por disparos de arma de fogo realizados à queima-roupa.
"Ele (o autor) faz essa menção de se entregar e, nesse momento, saca uma arma de fogo e efetua quatro disparos. Três atingem o policial militar: dois na cabeça e um na perna", disse em coletiva de imprensa realizada neste sábado, 6, a major da Polícia Militar Layla Brunella. Vídeo captado por câmeras de segurança da região mostram o momento em que o agente é atingido.
Segundo o boletim de ocorrência, o sargento Roger Dias foi levado inicialmente para o Hospital Risoleta Tolentino Neves, na região de Venda Nova, e posteriormente transferido para o Hospital João XXIII, na região centro-sul de Belo Horizonte. A Polícia Militar afirma que o quadro de saúde do policial militar, que completaria 10 anos de corporação neste sábado, é considerado "irreversível".
Os dois suspeitos foram detidos, ambos com ferimento de arma de fogo, e encaminhados para o Hospital Risoleta Tolentino Neves, de acordo com a PM. Um deles, apontado como o autor dos disparos, foi capturado durante a perseguição, enquanto o outro foi encontrado em buscas posteriores realizadas por policiais. A gravidade dos ferimentos não foi informada.
"O autor que disparou contra o nosso policial militar possui 18 registros pela Polícia Militar, é oriundo do sistema penal e estava de 'saidinha de Natal'", disse a major Layla Brunella. Segundo ela, o homem deveria ter retornado para a prisão ainda em dezembro, mas não o fez. "Ele tem passagens, das mais diversas, por roubo, falsidade ideológica, receptação, tráfico de drogas e ameaças."