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Polícia Civil abre inquérito para apurar crime de explosão em decisão na Arena MRV

Estadão Conteúdo
11/11/2024 às 17:23.
Atualizado em 11/11/2024 às 17:30

A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) abriu, nesta segunda-feira, um inquérito para apurar o crime de explosão cometido durante o jogo derradeiro da final da Copa do Brasil, vencido por 1 a 0 pelo Flamengo em duelo com o Atlético-MG, na Arena MRV, em Belo Horizonte. Durante a partida, disputada neste domingo, o fotógrafo Nuremberg José Maria, de 67 anos, foi atingido por um artefato explosivo.

"As diligências seguem em andamento, a cargo da Delegacia de Eventos e Proteção ao Turista, visando apurar as circunstâncias e a autoria do crime", comunicou a PCMG.

O responsável por atirar o explosivo ao gramado deve responder por expor a perigo a vida, a integridade física ou o patrimônio de outrem, mediante explosão, arremesso ou simples colocação de engenho de dinamite ou de substância de efeitos análogos. A pena pode ser de três a seis anos, além do recebimento de multa.

Nuremberg precisou ser internado após a confusão protagonizada por torcedores do Atlético-MG na Arena MRV. Durante a comemoração do gol de Gonzalo Plata e ao final da partida, atleticanos jogaram copos, rojões e até invadiram o gramado. Um dos artefatos explodiu sob o pé de Nuremberg José Maria, que trabalhava fotografando a partida. Em nota, o clube mineiro afirmou que vai colaborar com as investigações.

"A respeito dos incidentes ocorridos na Arena MRV durante a disputa da final da Copa Do Brasil, o Atlético vai colaborar com as autoridades para identificar os infratores", escreveu. A Federação Mineira de Futebol (FMF) se solidarizou com Nuremberg e desejou recuperação ao fotógrafo.

Segundo a Associação dos Repórteres Fotográficos e Cinematográficos de Minas Gerais (Arfoc-MG), Nuremberg fraturou três dedos, além de ter rompido tendões e sofrido um corte o pé. A entidade informou que ele foi socorrido e levado para o Hospital João XXIII, onde passou por cirurgia.

Segundo a súmula do árbitro Raphael Claus, bombas foram arremessadas em direção ao gramado por quatro vezes: aos 9, aos 49, aos 50 e aos 52 minutos de jogo. Claus também relatou arremessos de copos aos 6, aos 45, aos 51 e aos 82 minutos da partida. Todos vieram da torcida mandante, disse o juiz.

Claus também registrou duas ocorrências de lasers que tentavam prejudicar a visão de Rossi, goleiro do Flamengo. Além disso, houve paralisação de sete minutos após o gol do Flamengo, por causa de objetos jogados nos jogadores. Foi nesse momento em que um torcedor invadiu o gramado.

Uma nova tentativa de invasão foi relatada pelo árbitro. Ela aconteceu instantes antes a premiação. Seguranças privados e agentes da Polícia Militar, inclusive com uso de gás de pimenta, contiveram os invasores.

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