A primeira-ministra da Moldávia, Natalia Gavrilita, renunciou ao cargo nesta sexta-feira, 10, em meio à crise política que afetou o governo pró-Ocidente na esteira da guerra na Ucrânia. "Assumi o governo com um mandato anticorrupção, pró-desenvolvimento e pró-europeu numa época em que os esquemas de corrupção capturaram todas as instituições e os oligarcas se sentiam intocáveis", disse ela. "Fomos imediatamente confrontados com chantagem de energia e aqueles que fizeram isso esperavam que cedêssemos."
E acrescentou: "A aposta dos inimigos de nosso país era que agiríamos como governos anteriores, que abriram mão de interesses energéticos, que traíram o interesse nacional em troca de benefícios de curto prazo."
A presidente da Moldávia, Maia Sandu, agradeceu a Natalia Gavrilita nesta sexta por seu "enorme sacrifício e esforços para liderar o país em um momento de tantas crises".
Para substituir Gavrilita, a presidente indicou o empresário e ex-ministro Dorin Recean ao cargo de premiê.
A gestão de Natalia Gavrilita foi marcada por uma longa série de contratempos. Isso inclui uma crise energética aguda depois que Moscou reduziu drasticamente os suprimentos para a Moldávia e a inflação disparada após a invasão da vizinha Ucrânia pela Rússia.
Houve ainda mísseis da guerra atravessando os céus da Moldávia.