O presidente do Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês), Kazuo Ueda, disse em entrevista coletiva nesta sexta-feira, 22, que a autoridade monetária japonesa seguirá "pacientemente" e de "forma sustentável" o seu processo de relaxamento da política monetária para alcançar a meta de inflação do país, de 2%.
Mais cedo, o BoJ manteve a taxa de depósito negativa em -0,1%. A política de controle da curva de rendimentos (YCC), que estabelece que o rendimento do bônus do governo japonês (JGB) de 10 anos possa oscilar entre -0,5% e 0,5%, também seguiu inalterada. O limite máximo dos rendimentos de 10 anos foi mantido em 1%, após o BoJ ter subido o teto de 0,5% para 1% em julho.
Em agosto, a taxa anual de inflação do Japão ficou em 3,2%, segundo divulgado pelo governo japonês também nesta sexta. Mas Ueda deu a entender que o BoJ prefere uma postura cautelosa por ora, mesmo com a inflação distante da meta.
"Ainda não é possível prever quando a meta de inflação será atingida", disse o presidente do BC japonês. "Ainda há o risco de apertarmos a política monetária cedo demais", emendou o presidente do BoJ.
Ueda disse ainda que a distância para o fim dos juros negativos "não se alterou muito". "Quanto às taxas de curto prazo, iremos mantê-las negativas até que o nosso objetivo de alcançar a meta de inflação seja alcançado", afirmou.
O presidente do BoJ disse ainda que é desejável que o iene se mova de "forma estável, com base em fundamentos econômicos".
A preocupação com o iene tem marcado as decisões da autoridade monetária japonesa.
*Com informações da Dow Jones Newswires