Dina Boluarte, a primeira mulher presidente do Peru, governará o país sem um grupo parlamentar próprio para apoiar sua gestão, de forma que terá que construir coalizões cuidadosas com membros do Congresso, a instituição mais desacreditada no país, disseram especialistas.
A advogada de 60 anos assume o poder durante o período político mais turbulento das últimas duas décadas no país, sob uma forte seca que atinge os Andes, uma quinta onda de infecções por covid-19 e um surto de gripe que matou milhares de aves na costa do Pacífico.
Ao contrário de seu antecessor, Pedro Castillo - preso pela polícia nesta quarta-feira, 7, por crime de rebelião depois de tentar dissolver ilegalmente o Congresso unicameral -, a nova presidente deve escolher ministros com ampla experiência, capacidade moral e conhecimento do Estado, disse Alonso Cárdenas, professor de Ciência Política da Universidade Antonio Ruiz de Montoya, no Peru.
Após ser empossada pelo Parlamento, Boluarte pediu uma trégua política para instalar um "governo de unidade nacional". Então, olhando para os legisladores, disse em seu primeiro discurso que "todas as forças democráticas" estarão representadas em seu gabinete. Fonte: Associated Press.