O crescimento de 2,2% no crédito ampliado em junho, na comparação com maio, foi puxado por uma expansão de 1,7% no estoque de títulos da dívida pública, detalhou nesta sexta-feira o chefe do departamento de estatísticas do Banco Central, Fernando Rocha.
Esses títulos também explicam o crescimento interanual o crédito ampliado, de 13,6%, ele disse. "Foi puxado elos saldos dos títulos de dívida, que expandiram 12,8%, seguido dos empréstimos do Sistema Financeiro Nacional, com 9,5%", explicou.
Segundo o técnico, o crescimento de 5% do saldo dos empréstimos externos, na margem, é explicado basicamente pela desvalorização de 6% na cotação do real frente ao dólar.
"Aqueles empréstimos externos, que são denominados em moedas estrangeiras, tendem a aumentar pelo efeito da sua transformação em reais", afirmou.
Duplicatas
O crédito via operações desconto de duplicatas cresceu acima do seu padrão sazonal em junho, disse Rocha. Na avaliação dele, isso pode ser atribuído a um movimento mais robusto no comércio varejista.
"Esse diferencial a mais deve ser - pode ser - atribuído ao aumento da própria movimentação do comércio, do varejo ou de outras atividades econômicas que busquem nesse mercado do sistema financeiro o desconto dos seus recebíveis", afirmou, em entrevista coletiva para comentar as estatísticas de crédito.